TAP regista prejuízo de 57,4 milhões no primeiro trimestre
Receitas operacionais subiram para os 835,9 milhões de euros entre Janeiro e Março, segundo as informações enviadas ao regulador do mercado de capitais, a CMVM.
A TAP teve um resultado líquido negativo de 57,4 milhões no primeiro trimestre deste ano, de acordo com os dados divulgados pela companhia aérea através do regulador do mercado de capitais, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A empresa destaca que o prejuízo é “uma melhoria significativa” quando se compara com os primeiros trimestres de 2022 e 2019 (com prejuízos de 121,6 milhões e de 106,6 milhões, respectivamente).
As receitas foram de 835,9 milhões, com a transportadora a falar num “forte crescimento da actividade no primeiro trimestre, com o número de passageiros e capacidade a superar os níveis pré-crise do primeiro trimestre de 2019”, apoiado “em melhores níveis de utilização de capacidade da frota”.
“O primeiro trimestre de 2023 mostrou uma continuidade do crescimento da procura, fazendo com que a TAP transportasse, pela primeira vez num trimestre pós-crise, mais passageiros do que em 2019”, destacou no comunicado enviado à CMVM o novo presidente executivo, Luís Rodrigues.
As passagens foram responsáveis por 737,6 milhões de receitas, cabendo depois 48,7 milhões à carga e 43,6 milhões à manutenção (a que a acresce seis milhões de outros rendimentos). No entanto, se a manutenção subiu face ao primeiro trimestre de 2022, o negócio de carga desceu (-25%).
De acordo com a empresa, que operou 94 aeronaves (mais uma de carga) foram transportados 3,5 milhões de passageiros, “superando os níveis pré-crise” do primeiro trimestre de 2019.
Os custos operacionais também subiram, para 852,2 milhões, por via de rubricas como o combustível, tráfego e trabalhadores (que eram 6962 no final do trimestre). O EBITDA recorrente foi de 120,1 milhões, ficando em terreno positivo “pelo sétimo trimestre consecutivo”.
“A TAP apresentou, neste trimestre, um forte desempenho operacional e financeiro, apesar do aumento dos custos e dos desafios operacionais”, destacou. O presidente executivo, que veio da Sata e que já foi administrador executivo da TAP no passado, acrescentou: “enfrentar esses desafios às portas do Verão é o caminho no qual temos de nos concentrar. Caminho esse, que não se pode realizar sem o esforço e dedicação de todos os nossos colaboradores.”
A companhia, que tem uma emissão de obrigações de 200 milhões de euros a vencer em Junho, destaca que “o balanço apresenta uma forte posição de caixa e equivalentes” no valor de 855,8 milhões.