A seca no Algarve está a impedir a abertura de uma nova zona balnear na Barragem de Odeleite, em Castro Marim, cuja cota de água não permite a colocação de piscinas flutuantes, afirma Filomena Sintra, a vice-presidente da autarquia.
O nível de água actual na barragem de Odeleite, a maior do sotavento (leste) algarvio, é de cerca de 42% de volume útil, valor insuficiente para permitir a abertura em segurança desta nova zona balnear, um pólo criado pela autarquia para desenvolver o interior do concelho, explicou Filomena Sintra.
A zona, localizada numa encosta a oeste da aldeia de Odeleite, é, segundo a autarca, a nova praia do Algarve, mas neste momento não há “condições de colocar as piscinas flutuantes” para permitir a sua utilização, porque a escadaria de acesso à água termina uns metros acima da actual linha de água.
“Agora, que estaríamos na fase de colocar a roupagem final e os módulos para as casas de banho, para o bar, serviços de apoio, e colocar as piscinas flutuantes, deparámo-nos com a realidade de que a cota da barragem não nos permite, em segurança, colocar ali as piscinas flutuantes, porque ficariam muito distantes da zona de escada do próprio centro de actividades náuticas”, lamentou a autarca.
Segundo Filomena Sintra, os responsáveis pelo projecto tiveram em atenção a média mensal desde que a barragem entrou em exploração, e projectaram a escadaria que servirá de ponto de amarração às piscinas flutuantes e se vão ajustando ao plano de água, considerando esse historial e também as previsões.
Repensar o Algarve?
No entanto, nos últimos quatro anos, a situação de seca e falta de chuva agravou-se, sobretudo no nordeste algarvio, mas também no barlavento (oeste), condicionando a abertura do centro de actividades náuticas na barragem.
Filomena Sintra mostrou-se, contudo, convicta de que o trabalho realizado na região em termos de gestão hídrica permitirá aumentar as reservas de água e garantir que a barragem atinja níveis ideais para a utilização da zona por banhistas.
“Acreditamos que, com as novas soluções para o armazenamento, captação, racionalização de água para o Algarve, isto é um problema que não se vai agudizar, porque isso significaria que teríamos de repensar o nosso Algarve”, considerou.
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