Jornalista da AFP morto em ataque com míssieis perto de Bakhmut
O ataque terá acontecido 16h30 na hora local (14h30 Lisboa) em Chasiv Yar, cidade nos arredores de Bakhmut.
O coordenador de vídeo da France Presse (AFP) na Ucrânia, Arman Soldin, foi morto na tarde desta terça-feira num ataque com um míssil Grad no leste da Ucrânia, segundo os jornalistas da agência noticiosa que o acompanhavam.
O ataque ocorreu cerca das 16h30, horário local (14h30 em Lisboa), nas proximidades de Chasiv Yar, uma cidade ucraniana perto de Bakhmut, principal palco de batalha entre as forças russas e ucranianas desde o ano passado.
Arman Soldin tinha 32 anos e, segundo escreve o Le Monde, terá sido a única vítima da sua equipa de cinco pessoas. O jornalista, nascido em Sarajevo, na Bósnia, e de nacionalidade francesa, foi recrutado em Roma, em 2015, como estagiário, antes de integrar a delegação de Londres no mesmo ano. Também fez parte da primeira equipa de jornalistas da agência que foi para a Ucrânia depois da invasão russa a 24 de Fevereiro de 2023.
"A agência como um todo está desfeita", reagiu Fabrice Fries, director executivo da AFP. "A sua morte é um lembrete terrível dos riscos e perigos enfrentados pelos jornalistas diariamente a cobrir o conflito da Ucrânia."
O director de notícias da AFP, Phil Chetwynd, considerou-o um jornalista "corajoso, criativo e tenaz.": "O trabalho brilhante de Arman resumiu tudo o que nos deixa orgulhosos do jornalismo da AFP na Ucrânia".
É, pelo menos, o 11.º repórter, intérprete ou motorista de jornalistas morto na Ucrânia desde o início da invasão russa, segundo uma contagem das organizações não-governamentais especializadas Repórteres sem Fronteiras e o Comité de Protecção de Jornalistas.