Porto Santo quer ser palco de referência para natação em águas abertas
Durante dois dias, 230 nadadores competiram na ilha madeirense na quarta edição do Madeira Island Ultra Swim (MIUS), que contou para a primeira etapa do Nacional da modalidade.
A organização pertenceu à Associação de Natação da Madeira (ANM) e à Federação Portuguesa de Natação, com o apoio do Governo Regional da Madeira, e, no final, os elogios ao regresso de provas de natação em águas abertas a Porto Santo foi consensual.
Num palco que proporciona condições únicas para a prática da modalidade, António Martins, em masculinos, e Daniela Lopes, em femininos, venceram a prova mais longa do Madeira Island Ultra Swim (MIUS), evento que pontuou para a primeira etapa do Campeonato Nacional de natação em águas abertas.
Após vários anos sem competições da modalidade no Porto Santo, a competição, que assinalou a estreia em 2023 do principal circuito nacional de águas abertas, contou com provas nas distâncias de um, dois e meio e cinco quilómetros.
Na distância mais longa, António Martins, em masculinos, e Daniela Lopes, em femininos, foram os mais rápidos. A nadadora venceu ainda nos 2,5 quilómetros, com Rodrigo Rodrigues a ser o mais rápido entre os homens. Na prova mais curta, Guilherme Costa foi o vencedor e, nos femininos, Vera Gonçalves foi a primeira a percorrer o percurso de mil metros.
Destaque para a presença na prova dos cinco quilómetros da nadadora brasileira Louise Marta Bauch, de 71 anos, atleta que viajou propositadamente do Brasil para a Madeira para participar na prova.
Para Avelino Silva, presidente da ANM, “ficou demonstrado que a ilha tem características únicas a nível europeu para a prática de natação em águas abertas”, sendo “possível que esta prova se torne” um “evento de referência no Porto Santo”, assim “como o MIUT é na Madeira”.
O dirigente considera que “agora há que trabalhar com todas as partes envolvidas e pensar a médio e longo prazo, para multiplicar os 230 nadadores que marcaram presença neste ano por dois, três ou quatro”.
“A qualidade e a temperatura da água, a temperatura ambiente, as ligações aéreas e a capacidade hoteleira, aliadas à excelente organização, podem levar esta prova muito longe, sobretudo se aproveitarmos as baixas temperaturas que ainda se fazem sentir no centro e norte da Europa”, concluiu Avelino Silva.