Sporting vence e ainda pensa na Champions

“Leões” vencem o Paços de Ferreira por 0-4 e ficam a quatro pontos do Sp. Braga. Pacenses continuam em zona de descida.

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Nuno Santos marcou o segundo golo do Sporting EPA/MANUEL FERNANDO ARAUJO
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Tivesse o Sporting feito uma primeira volta do campeonato como está a fazer a segunda e estes últimos jogos da I Liga certamente teriam outro significado. Assim, resta ao “leão” agarrar-se à matemática para manter o terceiro lugar como objectivo. Neste domingo, apanhar o Sp. Braga e ficar com o lugar de dá acesso à terceira pré-eliminatória da Champions ficou um pouco menos complicado depois de um triunfo por 0-4 em casa do Paços de Ferreira.

Com esta vitória, mais a derrota minhota na Luz, os “leões” ficaram a quatro pontos dos arsenalistas, mas já só têm três jornadas para anular a diferença. Não vai ser fácil. Como também não vai ser fácil a fuga do Paços à despromoção – os “castores” estão no penúltimo lugar, com menos três pontos que o Marítimo.

A verdade é que esta segunda volta do Sporting tem sido bem melhor do que a primeira – em 14 jogos, 11 vitórias, dois empates e uma derrota; nos primeiros 17 jogos, 10 vitórias, dois empates e quatro derrotas. E este jogo em Paços de Ferreira foi uma boa amostra do que o Sporting tem sido nestas últimas semanas, dominador, vencedor e, até, perdulário. Foram quatro golos, podia ter sido o dobro porque o jogo foi tão fácil para o “leão”, que até os “castores” fizeram de bons anfitriões e marcaram o primeiro na própria baliza.

Logo no primeiro minuto, o Sporting esteve bem perto do primeiro golo, numa jogada de Nuno Santos pela esquerda, que mete para a finalização de Pedro Gonçalves, mas o remate bateu nas pernas de Maracás e saiu pela linha de fundo. No canto, Diomande, solicitado por Edwards, também teve o golo nos pés, mas a bola saiu por cima.

Aos 7’, a equipa de César Peixoto teve a “cortesia” de marcar o primeiro do Sporting na própria baliza. Numa tentativa de sair com a bola controlada a partir da defesa, o experiente médio Luiz Carlos tenta jogar para o seu guarda-redes Marafona, sem ver que o guardião não estava lá. Marafona ainda tentou recuperar a posição, mas a bola bateu no poste, depois bateu nele e entrou na baliza.

O caminho estava aberto para uma vitória robusta dos “leões” e, antes de haver mais golos, Marafona brilhou na baliza pacense, com defesas a remates de Pedro Gonçalves (25’) e Inácio (33’). O Paços também teve uma rara aproximação à baliza de Adán, com Alexandre Guedes a ultrapassar Coates e a ganhar espaço para o remate – foi ao lado.

Pouco depois, foi Nuno Santos a dar espectáculo. O ala recebeu de Trincão, avançou para a área e, depois de sentar Marafona, picou a bola por cima dele – 0-2 e o 100.º golo da época para o Sporting, em mais um momento alto da época para Nuno Santos, depois daquele magnífico golo de letra frente ao Boavista.

O jogo parecia mais do que decidido e ainda havia quase uma hora para jogar. Só na segunda parte é que o marcador voltou a funcionar, aos 62’, em mais uma bela demonstração de técnica. Trincão recebeu de Pedro Gonçalves, deixou dois defesas do Paços pelo caminho e atirou a contar.

Nesta altura, os pacenses já estavam completamente fora do jogo e foi penoso vê-los em campo para mais meia hora – já não iriam tirar nada deste jogo e mais valia guardar forças e motivação para os três últimos jogos, porque ainda há algo por que luta. Quanto ao Sporting, Rúben Amorim ainda aproveitou para dar minutos ao regressado Paulinho e ainda houve tempo para mais um golo, já em tempo de compensação, de Youssef Chermiti, o quarto do jogo e o terceiro do jovem ponta-de-lança nesta época.

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