Não vimos nada em Saint-Omer

Saint Omer, a primeira ficção de Alice Diop, evoca um acontecimento verídico: o julgamento de uma imigrante acusada de infanticídio. Diop quis “universalizar a experiência do exílio”.

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Alice Diop, realizadora de Saint Omer DR

O que se passa realmente em Saint Omer, a primeira ficção da francesa Alice Diop (n. 1979), que leva o nome de Saint-Omer, cidadezinha do nordeste de França que serve de cenário à acção? Um julgamento, certo, morosa e minuciosamente descrito pela câmara de Diop, e por um argumento baseado nas actas produzidas pelo tribunal, e um julgamento com circunstâncias particularíssimas: o de uma mulher jovem, imigrante vinda do Senegal, que deixou a filha bebé ao abandono numa praia, para morrer afogada, e responde em tribunal por homicídio.

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