Seria muito feliz ali

Ali seria amada, coisa que nem sempre acontece lá fora onde o mundo é implacável e cruel.

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A princípio, a Sãozinha não compreendeu o que se passava. Duas freiras mostraram-lhe os corredores, o refeitório e as camaratas. Aos poucos foi ficando cada vez mais desconfortável. Sentou-se num banco de madeira a conter o choro. O pai saiu do gabinete e ela levantou-se de um pulo para correr para ele, mas uma freira agarrou-a, segurando-a pela cintura, a Sãozinha começou a gritar e a espernear enquanto o pai se afastava, de costas para ela e aparentemente indiferente ao desespero da filha. Disse-lhe, sem se voltar, sem lhe ter dado um beijo de despedida, sem um aceno, que agora aquela seria a sua casa.

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