Jimmy Hasty só tinha um braço. E era uma maravilha

O avançado norte-irlandês foi um grande goleador do Dundalk, antes de ser assassinado por lealistas em Belfast com três tiros à queima-roupa.

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Jimmy Hasty está do lado direito do guarda-redes DR
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“O Outubro de 1974 foi sinistro”, escreveu o jornalista Michael Walker no “Irish Times” em 2018 sobre o conflito na Irlanda do Norte que durou décadas (que em inglês se chama “The Troubles”). “Houve assassinatos a 4 e a 5 em Belfast, Armagh e Derry. Também houve o atentado bombista em Guilford, que matou cinco. A matança continuou a 8, 10, 11, 12, 13, 18, 21, 22, 23, 27, 28 e 30.” Em 14 dos 31 dias desse mês houve derramamento de sangue nesta luta fratricida entre irlandeses (mas não só), os que eram fiéis ao Reino Unido e os que queriam uma Irlanda única. Foi num desses dias que mataram Jimmy Hasty, a “maravilha que só tinha um braço”, um goleador único, uma “estrela” do futebol da Irlanda do Norte, muito antes de George Best. Na rua. Com três tiros nas costas. À queima-roupa.

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