Inclusão no teatro. No Panorama todos cabem dentro do palco

Durante dois anos, projecto Panorama trabalha as artes circenses ao lado de pessoas com deficiência.

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Todos os corpos são diferentes. Todos os corpos comunicam de forma distinta. E o Instituto Nacional de Artes do Circo (​INAC) quis romper a norma, pondo debaixo das luzes quem raramente as sente. “Este projecto quer provocar questões. Pode ser uma porta para discutirmos políticas culturais inclusivas que promovam trabalho para este público”, acredita Juliana Moura, co-fundadora do INAC e responsável pela direcção-geral e artística do Panorama, financiado pelo programa Partis & Art for Change, iniciativa Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação La Caixa, e apoiado pelo município de Vila Nova de Famalicão.

Garantir este “lugar de fala” é urgente, aponta Carolina Vasconcelos, apontando conquistas feitas e por fazer: “Até há muito pouco tempo, por exemplo, as mulheres não podiam estar em cena. Até agora não vemos muitas pessoas com deficiência em cena. E a artes e o espaço cénico devem ser para qualquer corpo.”

No fundo, resume Juliana Moura, é proporcionar um espaço a todos. De igual forma. “Fico um pouco cansada de sermos nós a falar deles. Com a arte, expondo-os em palco, espero que a sociedade e o território pensem sobre isto. Sobre novas ferramentas e novas políticas.”

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