O Rei Perdido. À procura de Ricardo III
Filme cheio de destreza, mas em que se sente falta de um pouco menos de reverência.
Stephen Frears, que já dobrou os 80 anos, está mais desenvolto do que nunca, e O Rei Perdido é um filme duma destreza a toda a prova, com óptimo sentido do ritmo, sem tempos mortos, e com capacidade de distinguir as coisas, pôr o essencial no lugar do essencial e deixar o acessório no lugar do acessório. Ao mesmo tempo, tanta desenvoltura acaba por se confundir com um profissionalismo um tanto: a comédia mordacíssima que O Rei Perdido podia ser para as mais “sagradas” instituições, da monarquia britânica ao mundo académico, e depois não é, é só moderadamente divertida e não especialmente feroz, de certeza que muito menos feroz do que Frears já foi capaz de ser.
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