Brasil anuncia apoio de um milhão de euros para programa de audiovisual da CPLP
Terceira edição do programa de audiovisual da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa já tem apoio de Portugal e Angola.
O Brasil vai dar um apoio financeiro de um milhão de euros para a terceira edição do programa de audiovisual da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), anunciou na segunda-feira a ministra da Cultura brasileira.
"É um prazer enorme estar aqui retomando mesmo as acções efectivas do Brasil na CPLP, e a nossa presença nas iniciativas do audiovisual, com um aport [financiamento] da mesma envergadura de Portugal, para afirmar a volta do país definitivamente ao fortalecimento dessa comunidade dos países de língua portuguesa e muito mais outras coisas que iremos fazer", afirmou Margareth Menezes, durante uma deslocação à sede da organização.
A ministra falava aos jornalistas depois de ter inaugurado o Paginário CPLP, instalado em frente à sede da organização internacional, no Largo do Correio Mor, e de se ter reunido com o secretário-executivo da CPLP, Zacarias da Costa.
O Programa CPLP Audiovisual ambiciona contribuir para o intercâmbio cultural, para o aumento do conhecimento mútuo e para a aplicação de políticas públicas integradas de fomento à produção e à teledifusão de conteúdos audiovisuais nos países da CPLP.
Zacarias da Costa explicou depois aos ministros da Cultura de Portugal, Pedro Adão e Silva, e do Brasil, que este apoio do Brasil é "muito importante" para aquele programa, para o qual Portugal já tinha colocado "há uns anos um milhão de euros, Angola colocou 250 mil euros e o Brasil veio hoje anunciar mais um milhão, à semelhança de Portugal".
A ministra da Cultura do Brasil é um dos membros do Governo brasileiro que integra a comitiva ministerial que acompanha o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, na sua visita de Estado de quatro dias a Portugal e que termina na terça-feira.
O Paginário inaugurado pelos ministros da Cultura de Portugal e Brasil é uma obra do artista e pesquisador brasileiro Leonardo Villa-Forte e decorreu de uma iniciativa da missão do Brasil junto da CPLP.
O mural celebra, segundo o artista "a pluri centralidade da língua portuguesa, a sua variedade de expressões e nada melhor do que a literatura para o fazer, mas também algumas letras de música e arte", explicou à Lusa o artista.
Ao todo, são 960 páginas, que ocupam 25 metros "em homenagem ao 25 de Abril", adiantou. Foram convidadas 35 pessoas dos nove Estados-membros da CPLP para enviarem páginas da literatura que expressam bem a sua variação linguística.
As páginas de cada país têm a cor da bandeira daquele Estado.