Quando falamos em justiça climática, talvez nos venha logo à mente a protecção das populações mais afectadas por fenómenos extremos, como as secas ou constantes tempestades. Podemos pensar na protecção dos trabalhadores que vão perder empregos com o desaparecimento das indústrias fósseis. Pensamos ainda em proteger quem sofre em ambientes poluídos ou zonas contaminadas.
Falamos também em justiça climática quando consideramos o impacto da exploração dos recursos necessários para a transição ecológica. Por exemplo, os minerais usados na produção de baterias, que são tão necessárias para substituir os motores de combustão que poluem a atmosfera. Existe mesmo um nome para os territórios onde é feita esta exploração de recursos: zonas de sacrifício.
Mas que devemos fazer quando há planos de criar uma mina de lítio a céu aberto a poucos quilómetros de nossa casa? Foi este o dilema com que se deparou Aida Fernandes, moradora de Covas do Barroso, no concelho de Boticas, em Vila Real.
Neste episódio do podcast Azul, Aida Fernandes conta como tem sido a sua vida desde que o lítio entrou para ficar e reflecte sobre os dilemas da justiça climática para quem vive nas zonas “sacrificadas” para explorar os minerais necessários para a transição ecológica.
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No podcast Azul, falamos de assuntos complexos de forma simples, do clima à biodiversidade, da atmosfera aos oceanos, dos glaciares à poluição, da energia à sustentabilidade.
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