25 de Abril: 12 ideias para fazer a festa ao Dia da Liberdade

Os 49 anos da Revolução dos Cravos dão o mote à celebração que serve o manifesto com música, teatro, poesia, visitas e pirotecnia.

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Liberdade ao alto, cravos ao peito Rui Gaudêncio

Nos Aliados, Luta Livre e outros recados

O projecto de música de intervenção Luta Livre (encabeçado por Luís Varatojo), o Coral de Letras da Universidade do Porto e o fogo-de-artifício fazem as honras do primeiro dia de festa na Avenida dos Aliados, no Porto (segunda, dia 24, a partir das 22h). As comemorações da liberdade prosseguem no feriado com jogos tradicionais na Praça do General Humberto Delgado (a partir das 10h), uma homenagem aos revolucionários no Largo de Soares dos Reis e o tradicional Desfile da Liberdade (a partir das 14h30), seguido dos momentos musicais de Jorge Lomba e da Brigada Victor Jara nos Aliados.

Olhares de Abril no Porto

Integrada no programa comemorativo do Dia da Liberdade, a exposição Olhares de Abril reúne mais de uma centena de fotografias da Revolução dos Cravos, captadas em 1974 pelos repórteres Bruno Neves, Pereira de Sousa e Ricardo Pereira, em vários pontos da cidade do Porto. Organizada pelo CFJ - Centro de Formação de Jornalistas CRL, com o apoio da Associação 25 de Abril, da Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril e da Infraestruturas de Portugal, a mostra está patente no átrio da Estação de São Bento, até 24 de Maio, estendendo-se ainda ao Instituto Multimédia - Escola Profissional do Porto – que cede também o espaço digital a uma Galeria Virtual que permite “o visionamento interactivo das imagens, em imultimedia.pt – e à Universidade da Maia (até 31 de Maio).

Memórias da guerra em Ílhavo

Tendo como pano de fundo as memórias e os traumas da Guerra Colonial, o Teatrão de Coimbra aponta o dedo a esta “ferida da história recente portuguesa para compreender as suas implicações para toda uma geração e de que modo as suas repercussões chegam aos nossos dias”. Em cena na Casa da Cultura de Ílhavo, Os Cadáveres São Bons para Esconder Minas tem encenação de Isabel Craveiro e é uma co-produção com a Companhia de Teatro de Almada/Teatro Municipal Joaquim Benite. Para ver nos dias 24 e 25 de Abril, respectivamente, às 21h30 e às 16h30. Os bilhetes custam 10€.

Águeda com vista para o país

Integrada no programa Odisseia Nacional promovido pelo Teatro Nacional D. Maria II, e em parceria com a Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril e o Museu Nacional do Teatro e da Dança, a exposição Quem És Tu? - Um Teatro Nacional a Olhar para o País traça um paralelo entre o teatro e a história do país, apontando o foco ao antes e depois da Revolução dos Cravos. Figurinos, trajes, objectos de cena, fotografias, recortes de imprensa e registos audiovisuais compõem a montra documental que, explica a folha de sala, “procura produzir um comentário crítico à história social e política que o país construiu, observando a permeabilidade e a resistência do teatro a essas realidades” e contribuir para a “reflexão sobre a transformação de valores como a democratização, acessibilidade e coesão territorial”. A curadoria é de Tiago Bartolomeu Costa. Para ver até 28 de Abril no Centro de Artes de Águeda (terça a sábado, das 14h às 19h; domingo, das 14h às 18h). A entrada é livre.

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Quem És Tu? - Um Teatro Nacional a Olhar para o País DR

Coimbra às cartas e às memórias

As Novas Cartas Portuguesas publicadas em 1972 por Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa dão o mote à peça de teatro Ainda Marianas, assinada por Catarina Rôlo Salgueiro e Leonor Buescu (do colectivo Os Possessos). Em cena, com recurso a documentação da época e do processo judicial a que as autoras do livro foram sujeitas pelo Estado Novo – que considerou o escrito “insanavelmente pornográfico e atentatório da moral pública” – convoca-se “uma reflexão em torno da memória colectiva de um país, da sua gente e do seu tempo”, explica a folha de sala. Dia 25 de Abril, às 21h30, no Teatro Académico de Gil Vicente, em Coimbra (2€).

Ronda Poética por Leiria

Com o tema Poesia em tempo de guerra e a inspiração do verso “A paz sem vencedores e sem vencidos” escrito por Sophia de Mello Breyner Andresen, o festival Ronda Poética convida a reflectir sobre a relação entre poesia e guerra. Comissariado por Luís Filipe Castro Mendes, o programa decorre até dia 25 de Abril e desfia-se entre poemas, música, conversas, artes visuais, apresentação de livros, roteiros literários e actividades comunitárias. Na lista de anfitriões estão nomes como Sérgio Godinho, João Paulo Esteves da Silva, Artur Pizarro, Ana Deus, Luca Argel, Paulo Furtado, António Carlos Cortez, Rui Lage, José Gardeazabal, João Melo, António Tavares, Regina Guimarães, André Gago, Pedro Lamares, Manuel Wiborg ou Nuno Júdice. Mais em leiriapoetryfestival.com

Em Lisboa, Abril em Flor…

É com canções de “esperança primaveril”, inspiradas na tradição da música popular e no universo lírico dos grandes poetas, que Vitorino faz a festa à liberdade no Terreiro do Paço, em Lisboa, a partir das 22h do dia 24 de Abril. Promovido pela Egeac e pelo município, o espectáculo Abril em Flor alinha em palco as vozes de Mafalda Veiga, Márcia, Luís Trigacheiro, Zeca Medeiros e As Cantadeiras e Cantadores do Redondo, terra natal do cantautor. Estão também convocadas, mas emolduradas em registo vídeo, as palavras de Manuel Alegre, Sophia de Mello Breyner, Jonas Negalha e Ruy Belo ditas por Aldina Duarte, Capicua, Carlão e Tim. A base musical é interpretada por Sérgio Costa, Rui Alves, Carlos Salomé, Paulo Jorge Ferreira, Daniel Neto e Guilherme Duque, sob a direcção de Tomás Pimentel; a paisagem é desenhada ao vivo por António Jorge Gonçalves.

… museu aberto…

Dedicado à revolução do 25 de Abril de 1974 e à história do combate à ditadura, o Museu do Aljube Resistência e Liberdade aproveita a efeméride para promover duas visitas orientadas à exposição de longa duração. Estão marcadas para o Dia da Liberdade, às 10h30 e 14h30, e carecem de inscrição gratuita em inscricoes@museudoaljube.pt

… e festa no palácio

O Palacete de São Bento (Lisboa), residência oficial do Primeiro-Ministro, volta a abrir os portões ao público para celebrar a Revolução dos Cravos. A fadista Ana Moura, a rapper Nenny e o escultor Rui Chafes encabeçam o cartaz que conta com uma dezena de espectáculos e actividades nos espaços do jardim, debitados entre música, dança, teatro de marionetas e oficinas de produção artesanal. Dia 25 de Abril, a partir das 14h30.

Políticas à Parte em Arruda

Arruda dos Vinhos dá corda à terceira edição do Festival Políticas à Parte, cuja cartilha assenta na promoção do pensamento político e cultural por meio de criações artísticas e com vista ao diálogo. A Arte a Fazer Política dá o mote ao programa que se mostra por meio de música, cinema, conversas e uma exposição de Celso Ameixa. De 23 de Abril a 1 de Maio, com cartaz detalhado aqui.

E depois do adeus em Almada

Com lugar reservado na história portuguesa – conquistou o primeiro lugar no 12.º Festival RTP da Canção, em 1974, e foi a canção-senha que deu início à Revolução dos Cravos, seguida pela emblemática Grândola, vila morena de Zeca Afonso –, E depois do adeus marca a carreira de mais de 60 anos de Paulo de Carvalho. Tem presença garantida no alinhamento do concerto de 24 de Abril, às 22h, na Praça da Liberdade almadense, onde o cantautor partilha o palco com os convidados Carolina Deslandes, Tatanka, Anabela e Irma. Depois do fogo-de-artifício, a música continua com o rap de Nenny.

Em Grândola, há Festa da Liberdade

Na vila morena, a festa faz-se a partir das 20h15 do dia 24 de Abril, junto ao Complexo Desportivo Municipal José Afonso, com a animação dos Dixit, a Corrida da Liberdade, a arruada da Banda da SMFOG - Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, o fado sem amarras de Ana Moura (que traz na bagagem o novo Casa Guilhermina) e um espectáculo de fogo-de-artifício. O serão continua no Jardim 1.º de Maio, ao som de Cassapo e o Melhor do Rock Português. Na terça, às 21h, o Cine Granadeiro recebe Quem Te Viu, Quem Te Vê, um tributo a Chico Buarque.

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