A valsa de Marcelo com a eutanásia
Quem legisla e determina as prioridades ou necessidades da sociedade é o Parlamento, mas impedir a leitura que o Presidente faz dessas prioridades e necessidades é diminuir-lhe a sua função.
Acabou. O Presidente da República deixou de ter dúvidas sobre a constitucionalidade do novo decreto sobre a morte medicamente assistida e reconheceu que a sua capacidade para atrasar a sua aprovação se esgotou. Nem por isso se pode dizer que Marcelo foi derrotado. Pelo contrário, no futuro próximo, ninguém poderá negar que foi capaz de adiar até ao limite a promulgação da lei. Tal como ninguém o poderá responsabilizar pela descriminalização do suicídio assistido ou da morte medicamente assistida. Era isso que ele queria, foi isso que conseguiu.
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