Actividade económica abranda em Fevereiro e clima económico melhora no trimestre

Indicador de sentimento económico da área do euro registou uma ligeira diminuição em Março, à semelhança do mês anterior.

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Índice relativo aos bens de consumo desacelerou pelo quarto mês consecutivo Paulo Pimenta

A actividade económica abrandou em Fevereiro, em Portugal, tanto na perspectiva da produção como da despesa e do consumo interno, revelou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo a Síntese Económica de Conjuntura, “o indicador de actividade económica, que sintetiza um conjunto de indicadores quantitativos que reflectem a evolução da economia, desacelerou, em termos homólogos, em Fevereiro, após a forte aceleração verificada em Janeiro”.

Na área do euro, os dados referentes a Março mostram que o indicador de sentimento económico registou uma ligeira diminuição, à semelhança do mês anterior.

Relativamente à economia portuguesa, “os indicadores de curto prazo relativos à actividade económica na perspectiva da produção, disponíveis para Fevereiro, apontam para uma desaceleração na indústria e nos serviços em termos nominais e na construção em termos reais”, avança o INE.

De acordo com fonte, na perspectiva da despesa, o indicador de actividade económica e o indicador quantitativo de síntese de consumo privado desaceleraram em Fevereiro, enquanto o indicador de investimento aumentou em termos homólogos, após a diminuição registada em Janeiro.

Por sua vez, “o indicador de clima económico, que sintetiza as questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, aumentou entre Janeiro e Março, após ter estabilizado no mês anterior”.

O índice de preços na produção da indústria transformadora desacelerou nos últimos oito meses, de forma significativa em Fevereiro e Março, apresentando uma taxa de variação homóloga de 7,1% (12,4% no mês anterior). Excluindo a componente energética, este índice aumentou 8,3% em termos homólogos (10,8% em Fevereiro).

Também o índice relativo aos bens de consumo desacelerou pelo quarto mês consecutivo, após ter atingido em Novembro de 2022 o valor mais elevado da série (16,2%). Este índice registou uma variação homóloga de 11,5% (14,8% no mês anterior).

Por sua vez, a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) abrandou para 7,4% em Março, taxa inferior em 0,8 pontos percentuais à observada no mês anterior, e o índice referente aos produtos alimentares não transformados desacelerou, passando de uma variação homóloga de 20,1% em Fevereiro, a taxa mais elevada desde Maio de 1990, para 19,3% em Março.

Na vertente externa, os preços implícitos das exportações e das importações de bens, em Fevereiro, desaceleraram pelo sexto mês consecutivo, para crescimentos homólogos de 7,1% nas exportações e 4,4% nas importações (8,1% e 7,0%, respectivamente, em Janeiro).

De acordo com as estimativas provisórias mensais do Inquérito ao Emprego do INE, a taxa de desemprego (16 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, foi de 6,8% em Fevereiro, valor inferior em 0,2 pontos percentuais comparando com o mês anterior (6,5% em Novembro e 5,6% em Fevereiro de 2022).

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