Um segredo incompreensível na história da TAP

Se não houver respostas para a recusa em entregar os pareceres, podemos afirmar que o Governo está a usar golpes de secretaria para obstaculizar o escrutínio da Assembleia e o direito à informação

O que terão os pareceres jurídicos que estiveram na base do despedimento da CEO da TAP por justa causa de tão relevante, sensível ou ameaçador aos interesses do Estado, ao ponto de o Governo se recusar a enviá-los à Comissão Parlamentar de Inquérito à tutela política da gestão da companhia? A pergunta torna-se imperiosa depois da acesa troca de acusações desta quarta-feira entre o PS e o PSD. Se não houver respostas claras, podemos com legitimidade afirmar que o Governo está a usar golpes de secretaria para obstaculizar o escrutínio da Assembleia e o direito à informação dos cidadãos. Não há aqui meio-termo.

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