O derby de campeões e o dos italianos
Benzema mais perto da realeza, em Londres, com Chelsea a fugir do abismo. AC Milan quer acabar, em Nápoles, 16 anos de jejum.
Sem garantias de sucesso, apesar dos triunfos na primeira mão dos quartos-de-final da Champions League, Real Madrid e AC Milan tentarão, esta noite (20h, Eleven), respectivamente frente a Chelsea e Nápoles, confirmar a vantagem conquistada, há uma semana, no Santiago Bernabéu (2-0) e no Giuseppe Meazza (1-0).
Os campeões europeus enfrentarão, em tese, um quadro mais favorável, atendendo ao momento conturbado que se vive em Stamford Bridge, com os ingleses a olhar para o abismo, numa crise de identidade e de resultados.
No derby dos dois últimos campeões europeus e do Mundo de clubes, é o Real que parece em condições de repetir a história de há um ano e eliminar os “blues”, para chegar às meias-finais. Em destaque, a um golo de igualar Lewandowski (terceiro melhor marcador da prova com 91 golos), Benzema apresta-se a cumprir a 150.ª partida na competição — marca só alcançada por membros da “realeza” como Cristiano Ronaldo, Messi, Casillas e Xavi.
Em 2022, Benzema assinou um hat-trick em Londres, onde o Chelsea, actual 11.º da Premier League, perdeu sábado com o Brighton... Com quatro derrotas e dois empates nos últimos seis jogos e com Chiwell suspenso, o futuro parece sombrio, embora Frank Lampard, técnico dos londrinos, assuma a “mentalidade e a qualidade” do Chelsea para surpreender um Carlo Ancelotti atento “às dificuldades”.
Nápoles ferido
Mais imprevisível será o desfecho do derby italiano, de onde sairá o adversário de Benfica ou Inter. Ferido no orgulho e nas opções — o treinador Luciano Spalletti recupera o “matador” Osimhen, mas perde Kim e Anguissa —, o Nápoles recebe os “rossoneri” depois do recente desaire (0-4) na Série A e da derrota europeia, em Milão, com um mero golo para recuperar.
Até à semana passada, na Champions, o Nápoles só não tinha marcado num jogo, em Liverpool (fase de grupos). E Spalletti acredita que se jogar “como em Milão” mas com maior eficácia, os líderes da Liga italiana podem ser “felizes”.
Ciente de que o adversário “foi muito melhor” em “San Siro”, Stefano Pioli, técnico do AC Milan, diz-se preparado para qualquer cenário, penáltis incluídos, para levar o clube a uma meia-final 16 anos depois da última presença, na edição ganha pelos milaneses (2006/07) ao Liverpool.