Navio Mondego está operacional e já fez missão na Madeira, diz ministra

No final de Março, o Mondego abortou uma missão às ilhas Selvagens, devido a uma avaria que a Marinha atribuiu a “erro humano”.

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Helena Carreiras é ministra da Defesa Rui Gaudencio

A ministra da Defesa Nacional afirmou este sábado que o navio Mondego, da Marinha portuguesa, que teve uma avaria em Março, já está operacional e fez uma missão na Madeira.

Em declarações aos jornalistas na base naval do Alfeite, em Almada, Setúbal, captadas pela RTP, Helena Carreiras disse que o navio Mondego "acaba de fazer uma missão" de treino de vários dias às ilhas Selvagens, na Madeira, "e regressou ao Funchal sem qualquer incidente".

"Tal como antes, este navio está em condições de cumprir as suas missões", afirmou a ministra, que hoje participou na cerimónia de largada dos navios Setúbal e Centauro para participar na Iniciativa Mar Aberto e Missão de Capacitação da Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe.

Depois de, no final de Março, o Mondego ter abortado uma missão às ilhas Selvagens, devido a uma avaria que a Marinha atribuiu a "erro humano", a governante acrescentou que ainda está em curso "um processo de averiguações" para se perceber "o que é que aconteceu exactamente" com o "problema técnico relativamente à paragem do navio".

O Mondego esteve no centro de várias polémicas desde o início de Março, primeiro quando 13 militares se recusaram a embarcar para uma missão de acompanhamento de um navio russo ao largo da Madeira e depois, no final do mês, com uma avaria durante uma missão.

Questionada sobre se deveria ter sido accionada a Inspecção-Geral da Marinha para analisar o caso do navio Mondego, Helena Carreiras respondeu que foram accionados os procedimentos que nestes casos têm de ser accionados e que confia "inteiramente nas entidades da Marinha que são competentes para resolver".

A ministra da Defesa vincou que esta é uma situação pontual e que "as situações pontuais têm de ser tratadas enquanto tal".

"A Marinha tem tratado esses casos conforme deve tratar, com os devidos processos disciplinares e de averiguações. Tenho acompanhado proximamente os vários passos", disse, adiantando que as questões que surgiram foram técnicas.

Helena Carreiras reafirmou ainda o que antes já tinha referido, que as situações de insubordinação e de indisciplina "não são admissíveis nas forças armadas porque põem em causa a coesão e devem ser devidamente tratadas e estão a sê-lo pela Marinha".

Hoje, a ministra elogiou os militares da Marinha considerando que cumprem as suas missões com brio e sentido de missão e assegurou que a Marinha Portuguesa tem capacidade provada pelo conjunto de missões que tem desempenhado.

"O facto de haver alguns incidentes e avarias não se deve confundir com uma visão mais global, que me parece importante que tenhamos. Há situações pontuais que têm o seu contexto", disse.