Ferro Gaita prometem noite especial no B.Leza e preparam DVD com historial do grupo

Os cabo-verdianos Ferro Gaita celebram 25 anos de carreira com vários concertos pelo mundo. Já estiveram no Porto e esta sexta-feira levam o seu “repertório mais especial” ao B.Leza, às 22h.

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Iduíno e Bino Branco, dois dos Ferro Gaita DR

São um dos grupos mais marcantes e galvanizantes da música cabo-verdiana. Chamam-se Ferro Gaita, devido à combinação sonora de dois dos instrumentos que lhes dão identidade, o ferro (que é um pedaço de metal tocado com uma faca) e a gaita (uma espécie de acordeão) e já tocavam desde miúdos. Mas com a formação que os celebrizou, estrearam-se num bar e tiveram tamanho sucesso que no dia seguinte já tinham treze convites para concertos. Agora, celebram com concertos em vários países os 25 anos de carreira que completaram em 2021. No dia 6 de Abril actuaram no Porto, na casa da Música, e esta sexta-feira estarão em Lisboa, no B.Leza (22h), com promessa de festa e dança, ao ritmo do funaná, da tabanka e do mais que vier.

A formação que trazem a Portugal é constituída por Iduíno (gaita e voz), Bino Branco (ferro e voz), Lobo (bateria), Pitó (cawbel e voz), Manel (congas e voz), Carlitos (trombone de varas e coros) e Fanin (baixo), a substituir o baixista do grupo, Betinho, que se encontra doente. Aluno do grupo, Fanin é filho de um grande compositor cabo-verdiano, Ano Nobo (1933-2004).

“Preparámos o nosso repertório mais especial para o dia 14, no B.Leza”, diz ao PÚBLICO Manel di Tilina, o percussionista do grupo. A pandemia refreou-lhes a actividade, mas já recuperaram: “Com a chegada do covid-19 foi um bocado complicado, mas agora está tudo a correr bem e temos uma agenda que, se não houver cancelamentos, vai fazer de 2023 um ano em cheio para o grupo. Temos espectáculos na Dinamarca, na Holanda, em Paris, vamos para os Estados Unidos da América (a Nova Iorque) e também para o Canadá, vamos para o Senegal no dia 7 de Maio, temos espectáculo em Angola no dia 4 de Junho… Vai ser um ano extremamente cheio.” A par destes concertos pelo mundo, os Ferro Gaita actuam uma vez por mês em Cabo Verde.

Formado em 1996, o grupo lançou o primeiro álbum em 1997, Fundu Baxu. E depois dele já gravou mais seis: Rei Di Tabanka (1999), Rei Di Funaná (2001), Bandera Liberdade (2003), Finkadu na Raiz (2006), Cidade Velha (2008) e, por último, Festa Fora (2015). Têm canções novas, mas contam estreá-las por fases: “Neste momento, o grupo tem quatro músicas prontas. Mas não vai ser um CD, vão ser lançadas como singles, duas este ano e duas no próximo.”

Além destas canções, têm um outro projecto, com o objectivo de fixar a sua história, diz Manel: “Estamos a preparar o lançamento do historial do grupo em DVD. Era para ter sido lançado há dois anos, em 2021, mas com a covid-19 tivemos de adiar. Estamos já na fase final para ver se conseguimos lançá-lo este ano. Mas se tivermos de adiar, será no próximo, com certeza.”

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