Presidente da TAP sai da empresa “com imensa tristeza”
“Foi uma honra ser a primeira CEO [presidente executiva] da TAP”, destacou Christine Ourmières-Widener numa mensagem aos trabalhadores no seu último dia na empresa.
Nomeada em Junho de 2021 para liderar a TAP, Christine Ourmières-Widener deixa o cargo de presidente executiva esta quinta-feira, afirmando numa mensagem aos trabalhadores que sai “com imensa tristeza”. A gestora, que diz ter sabido da sua demissão pela televisão, quando se realizou a conferência de imprensa do Governo para apresentar o relatório da IGF sobre o caso Alexandra Reis, diz que sai “de uma companhia diferente” daquela em que entrou.
“Foram dois anos intensos e desafiadores”, refere, afirmando que “graças ao trabalho árduo e ao compromisso de todos”, foi possível “superar muitos desafios e alcançar resultados significativos”. A TAP, afirma, “já recuperou praticamente a 100% a sua actividade”, depois dos impactos da pandemia de covid-19.
Fazendo um balanço positivo do seu mandato, destaca que o plano de reestruturação “está a ser cumprido mesmo antes do previsto, graças ao desempenho financeiro da companhia, que é fruto do esforço de todos, tendo sido já possível mitigar os cortes salariais, que sempre foi uma prioridade”.
Sem mencionar a privatização que se avizinha, a gestora de origem francesa, que se prepara para contestar a sua demissão, afirma acreditar “no futuro brilhante da TAP”. “A companhia tem todas as condições para continuar a prosperar e a alcançar ainda mais sucesso”, acrescenta.
“Em dois anos de Portugal, a palavra mais importante que aprendi é única: saudade. E já sei por antecipação o que ela significa”, disse Christine Ourmières-Widener. “Foi uma honra ser a primeira CEO [presidente executiva] da TAP”, destacou.