Sporting perde em Turim, mas fica com a esperança

“Leões” derrotados pela Juventus na primeira mão dos quartos-de-final da Liga Europa. Só faltaram golos a uma grande exibição da equipa de Rúben Amorim.

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Diomande entrou para o lugar de St. Juste no final da primeira parte EPA/Alessandro Di Marco
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EPA/Alessandro Di Marco

Chegará o dia em que o Sporting será candidato a ganhar na Europa, disse Rúben Amorim no lançamento do jogo. Mas isso não quer dizer que não jogue como um candidato. Tinha sido assim no Emirates, onde eliminou o Arsenal, voltou a ser a assim em Turim, onde foi superior à Juventus. Os “leões” criaram oportunidades, calaram os adeptos “bianconeri” e irritaram Massimiliano Allegri, mas acabaram por perder, por 1-0, na primeira mão dos quartos-de-final da Liga Europa.

Não houve qualquer surpresa no “onze” que Amorim preparou para este primeiro confronto com os “bianconeri” – sem Paulinho, Chermiti entrou para o ataque, e, sem Ugarte, foi Pedro Gonçalves a fazer par com Morita. Do lado da "Juve", um perfil táctico semelhante, com uma linha defensiva com três centrais, e uma confiança extrema de Massimiliano Allegri nos seus criativos, Chiesa e Di María, com a função de construírem para Milik, o ponta-de-lança escolhido.

A Juventus pareceu aceitar a responsabilidade que o Sporting lhe entregou. Logo aos 6’, após uma perda de bola de Pedro Gonçalves no meio-campo, Milik conseguiu ter uma situação de remate, mas saiu bem por cima da baliza “leonina”.

Na resposta, Francisco Trincão também teve uma situação de remate que conheceu o mesmo destino. Nenhuma destas se pode considerar uma situação de golo comO a que aconteceu aos 12’. Di María viu bem a desmarcação de Chiesa e o internacional italiano atirou. Valeu ao Sporting a atenção de Adán.

Di María e Chiesa eram os homens que alimentavam o ataque italiano e tiveram mais uma boa demonstração da parceria aos 16’, numa combinação pela direita em que o cruzamento morreu nas mãos do guardião espanhol do Sporting.

Foi tudo o que a Juventus teve para dar na primeira parte. O Sporting assumiu a responsabilidade do jogo e já não a quis largar. Aos 20’, começou a coleccionar oportunidades de golo, com um remate de Morita que passou a rasar o poste da baliza de Szczesny. Pouco depois, aos 28’, foi Coates quem obrigou o guardião polaco a uma defesa difícil após um canto, e "Pote" também teve a sua oportunidade de alvejar a baliza da Juventus – Szczesny não deixou a bola entrar nas suas redes.

A terminar o sufoco “leonino”, aos 33’, foi Nuno Santos quem arrancou um remate, mas a bola não chegou a ultrapassar a linha porque Bremer, um dos centrais, estava no sítio certo. Foi o melhor período do Sporting em todo o jogo e só faltou mesmo o golo. Faltou também um avançado com maior capacidade de choque com os centrais “bianconeri” – Chermiti ainda não é esse jogador.

A primeira parte seria ainda marcada por uma substituição para cada lado por motivos físicos. Szczesny agarrou-se ao peito e, por precaução, saiu para dar lugar a Perín. Do lado “leonino”, foi St. Juste a sair, agarrado à coxa depois de uma corrida até à área contrária – Diomande entrou para o seu lugar.

Após o intervalo, o Sporting voltou a entrar bem e a criar uma oportunidade de golo, num remate de Pedro Gonçalves que deu muito trabalho a Perín. Mas a Juventus conseguiu equilibrar o jogo e, aos 73’, sem fazer muito por isso, chegou ao golo. Canto com Adán a falhar a intervenção e Vlahovic a ganhar de cabeça. Coates ainda impediu o golo, mas já nada conseguiu fazer perante a recarga de Gatti, um dos centrais.

O Sporting não se entregou depois do golo sofrido. Amorim mexeu bem na equipa, sobretudo com a entrada de Bellerín para o flanco direito. O lateral espanhol tinha energia para subir e colocar em sentido a defesa da formação italiana. Em dois momentos, foi o protagonista, primeiro com um cruzamento aos 89' que foi na direcção de Morita, mas o japonês cabeceou ao lado. Depois, já na compensação, em poucos segundos, Perín defendeu um remate de Pedro Gonçalves e a recarga do espanhol.

Pode não ter sido ainda desta que os "leões" venceram em Itália. Mas dizer que não levam nada de Turim é errado. Com aquilo que fez, com a superioridade que mostrou perante esta Juventus com pouco colectivo, o Sporting ficou com a responsabilidade de passar esta eliminatória.

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