Greve na CP suprimiu 60 comboios até às 8h

Convocadas por vários sindicatos, as greves na CP e IP estão previstas até ao fim do mês de Abril. Aumento de salários entre as reivindicações.

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Greves na CP e IP poderão estender-se até ao final do mês LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

A CP suprimiu 60 comboios dos 254 programados para entre as 0h e as 8h desta quarta-feira devido à greve dos trabalhadores, a maioria urbanos de Lisboa e regionais, segundo dados enviados pela empresa à Lusa.

A CP - Comboios de Portugal precisa que dos 66 comboios regionais previstos não se fizeram 23 ligações e nos urbanos de Lisboa estavam programados 115 e foram suprimidos 26.

Nos urbanos do Porto, estavam previstos para aquele período 53, tendo sido suprimidos seis e nos comboios de longo curso, realizaram-se 11, das 12 ligações previstas.

Depois de vários dias de greve entre as 0h e as 2h e de um dia inteiro na passada quinta-feira, até 30 de Abril a paralisação na IP e na CP será a partir da oitava hora de serviço.

Até final do mês, “na CP, os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 0h e as 5h, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço”.

Até 30 de Abril, na IP, “os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 0h e as 5h, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço”.

Estas greves foram decretadas por uma plataforma de sindicatos composta pela ASCEF - Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária; o SINFB - Sindicato Nacional dos Ferroviários Braçais e Afins; o SINFA - Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins; o FENTECOP - Sindicato Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Publicas; o SIOFA - Sindicato Independente dos Operários Ferroviários e afins; a ASSIFECO - Associação Sindical Independente dos Ferroviários de Carreira Comercial e os STF - Serviços Técnicos Ferroviários.

Também o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) está em greve durante todo o mês de Abril, face à "atitude de desconsideração" de que acusa a empresa.

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão “aumentos salariais efectivos”, a “valorização da carreira da tracção” e a melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais e das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor.

Ainda reclamada é uma “humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede”, um “efectivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes” e o “reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo”.