Poluição asfixia o Norte da Tailândia, atinge o turismo e preocupa a população

As autoridades referem que os elevados níveis de poluição são o resultado de uma combinação de incêndios florestais e queimadas de culturas na Tailândia e países vizinhos.

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Uma vista da cidade de Chiang Mai, a terecira maior cidade da Tailândia, no meio da poluição atmosférica, a 10 de Abril de 2023 REUTERS/Stringer
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Banguecoque coberta por uma névoa com concentrações pesadas de partículas finas, a 8 de Abril EPA/ RUNGROJ YONGRIT
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Banguecoque enfrenta poluição do ar com níveis perigosos de partículas finas (PM2,5), afectando 1,32 milhões de pessoas em todo o país EPA/RUNGROJ YONGRIT
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Banguecoque coberta por uma névoa com concentrações pesadas de partículas finas, a 8 de Abril EPA/RUNGROJ YONGRIT
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Banguecoque coberta por uma névoa com concentrações pesadas de partículas finas, a 8 de Abril EPA/RUNGROJ YONGRIT
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Banguecoque coberta por uma névoa com concentrações pesadas de partículas finas, a 8 de Abril EPA/RUNGROJ YONGRIT
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Banguecoque coberta por uma névoa com concentrações pesadas de partículas finas, a 8 de Abril EPA/ RUNGROJ YONGRIT

Os elevados níveis de poluição na cidade de Chiang Mai, no Norte da Tailândia, e nas províncias circundantes estão a manter os turistas afastados e os habitantes locais em alarme. Esta segunda-feira, o governo pediu aos residentes para evitar actividades ao ar livre.

Durante várias semanas, no mês passado, a cidade esteve no topo da plataforma que reúne informação sobre qualidade do ar em todo o mundo, o IQAir, o gráfico global sobre má qualidade do ar, à frente de Lahore e Nova Deli.

Chiang Mai, conhecida pelas suas paisagens montanhosas, templos e cafés chiques, recebeu 10,8 milhões de visitantes na pré-pandemia de 2019, mas as reservas de hotel na cidade caíram para 45% de ocupação, confirmou à Reuters na segunda-feira o presidente da Thai Hotel Association Northern Chapter, Phunut Thanalaopanich.

As taxas de ocupação de turistas são muito inferiores aos 80% a 90% esperados antes das férias de Ano Novo tailandesas desta semana, conhecido como Songkran. "O impacto no meu negócio... as pessoas não vêm porque não podem 'ver a vista'", queixa-se Sunat Insao, 53 anos, um vendedor de rua.

Ao abordar a deterioração da qualidade do ar no Norte, o Ministério da Saúde da Tailândia exortou o público na segunda-feira a evitar actividades ao ar livre e a usar máscaras que possam filtrar partículas. Chang Mai, a terceira maior cidade da Tailândia, atingiu o valor de 289 no índice de qualidade do ar (AQI) do IQAir em Março, que mede o nível de partículas finas inaláveis no ar.

Na segunda-feira tinha diminuído para o valor de 171, mas ainda estava 19 vezes acima do nível recomendado pela Organização Mundial de Saúde. "Pode-se sentir (o pó) na cara... Limpo a cara, vejo a toalha e percebo que isto está realmente, realmente sujo", disse Fernanda Gonzalez, 27 anos, que estava de visita do México.

As autoridades culparam uma combinação de incêndios florestais e queimadas de culturas na Tailândia e países vizinhos. O primeiro-ministro tailandês Prayuth Chan-ocha disse na semana passada que estava a coordenar com o Laos e Myanmar a redução dos pontos quentes na zona fronteiriça para travar a névoa transfronteiriça.

Em Chiang Mai, Pathsharasakon Po, 36 anos, disse estar preocupada com o impacto desta poluição na saúde, pelas alergias, ou mesmo cancro. "Está a ficar cada vez pior de ano para ano", constata Pathsharasakon.