Cinco pessoas, incluindo o atirador, morreram nesta segunda-feira num banco no centro de Louisville, no estado norte-americano do Kentucky, e outras nove pessoas ficaram feridas — incluindo dois agentes da polícia, um dos quais com gravidade. Não se terá tratado de um assalto.

O autor dos disparos foi identificado como Connor Sturgeon, um homem de 23 anos que foi funcionário daquela agência do Old National Bank desde há um ano, avançam as autoridades. O atirador terá transmitido o ataque em directo na internet.

A polícia confirmou que o atirador foi "neutralizado" e já não existe uma ameaça activa, estando por esclarecer se o suspeito disparou contra si próprio ou se foi baleado pelas autoridades.

O primeiro alerta para o tiroteio foi recebido pelas autoridades às 8h30 locais (13h30 em Lisboa). Quando estas chegaram ao local, o ataque ainda estava em curso. O suspeito estava armado com uma semiautomática "parecida com uma AR-15", avança a CNN.

As autoridades confirmaram publicamente o incidente às 9h30 locais (14h30 em Lisboa), através da rede social Twitter, e pediram à população para se manter afastada da área. O FBI mobilizou vários agentes e meios para o local.

“Eu estava no semáforo e a primeira coisa que vi foi um homem do outro lado da rua, no cruzamento, deitado à entrada de um hotel”, disse uma testemunha à WDBR, uma filial local da cadeia de televisão Fox.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, já condenou mais um "acto sem sentido de violência armada" nos EUA. "Quando é que os republicanos no Congresso vão agir e proteger as nossas comunidades?", questionou, referindo-se à resistência do Partido Republicano em aprovar leis mais restritivas de controlo do acesso a armas que, argumenta o Partido Democrata e organizações da sociedade civil, reduziriam a ocorrência deste tipo de incidentes.

Andy Beshear, governador do Kentucky, conhecia duas das vítimas do ataque. “Tenho um amigo muito chegado que não sobreviveu hoje”, disse, “e um que está no hospital, espero que consiga recuperar”, disse à imprensa norte-americana.

“Vamos unir-nos enquanto comunidade e trabalhar para impedir que estes actos horríveis de violência armada continuem aqui e por todo o estado [do Kentucky]”, disse por sua vez aos jornalistas Craig Greenberg, presidente da câmara de Louisville.

Os tiroteios em massa são recorrentes nos Estados Unidos. Desde o início do ano foram registados 146 – usando a definição da organização sem fins lucrativos Gun Violence Archive, que descreve um tiroteio em massa como um incidente em que quatro ou mais pessoas baleadas ou mortas, sem incluir o atirador.