Samitério de Páscoas
Pânico e choque parecem respostas razoáveis à ressuscitação, mesmo quando apenas simulada. A Bíblia concorda. Já depois do primeiro ensaio com Lázaro, a narrativa pascal desliza para o pesadelo.
Na primeira semana de Janeiro de 1803, um homem de Londres chamado George Forster, acusado de ter afogado a mulher e o filho, foi condenado à morte. A condenação, respeitando o Murder Act promulgado no século anterior, contemplava não apenas o enforcamento, mas a posterior dissecação — aplicada a todos os criminosos executados no Reino, em parte como castigo adicional, vedando-lhes o acesso à ressurreição físico no Dia do Juízo Final.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.