O bolo borrachão da Toca da Raposa exige silêncio
Desta arca gastronómica no Douro sai um bolo borrachão que nos leva para um arroz-doce açoriano. “Os bolos fazem-se em silêncio.”
Como a guardiã do sabor desta semana é especial, e como as suas histórias acabam por se meter com a história de quem escreve este texto, é melhor escrevê-lo na primeira pessoa. Se vou Douro e não passo pela Toca da Raposa, em Ervedosa do Douro, no regresso a Lisboa, pela A24, o mau humor só me passa quando chego a Viseu (e regressa em doses redobradas mas agora por causa desse atalho terceiro-mundista chamado IP3). Não vou à Toca só para comer coisas saborosas e únicas, mas para abraçar a dona Graça Gomes (fundadora da casa em 2010), a filha Rosário e o genro Marius e para ouvir histórias do Douro com comida pelo meio. Todas as vezes que vou à Toca há sempre uma ou outra receita nova sobre a qual dona Graça ou a Rosário dissertam com gosto. Receitas que estão nas memórias delas ou em muitas casas do Douro – do “nosso Douro”, como costumam dizer.
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