Sporting deixa pontos em Barcelos

“Leões” empatam sem golos com o Gil Vicente e ficam com vida mais difícil na luta pela Champions.

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O Sporting não conseguiu marcar em Barcelos LUSA/ESTELA SILVA

O Sporting não rentabilizou como devia o jogo que levava em atraso da I Liga. Depois de cinco vitórias seguidas, os “leões” não conseguiram melhor do que um empate sem golos na viagem até Barcelos frente ao Gil Vicente, num jogo que tinha em atraso da 25.ª jornada, e só conseguiram “comer” um ponto ao Sp. Braga – os arsenalistas têm 59 pontos, mais cinco que o Sporting.

O Sporting viajava até Barcelos no seu melhor momento da época, cinco vitórias consecutivas para o campeonato, mais a brilhante eliminação do Arsenal na Liga Europa, sem qualquer golo sofrido nos últimos quatro jogos, e nitidamente a olhar para cima e para um lugar de Champions.

Pela frente teria um Gil Vicente que já esteve melhor no campeonato (duas derrotas seguidas), mas que já fez coisas bem interessantes, sobretudo uma vitória no Dragão sobre o FC Porto, mas obrigado a olhar para trás, mesmo que a linha de água já esteja a dez pontos.

Obrigado a fazer gestão de recursos pelas semanas intensas que o “leão” vai ter, mas também por lesões de última hora, Rúben Amorim mudou meia equipa, com a mudança mais significativa a introdução de Chermiti para o lugar que tem sido bem ocupado por Paulinho – o ponta-de-lança natural de Barcelos falhou o regresso a casa por indisponibilidade física.

Quase a abrir, o jovem ponta-de-lança açoriano quase entrou para a galeria dos golos espectaculares do Sporting esta época. Aos 10’, Esgaio mediu bem o cruzamento e Chermiti tentou uma habilidade de calcanhar, mas o guardião gilista Andrew respondeu bem. Na sequência do lance, o jovem brasileiro deteve com competência o remate de Esgaio.

O Sporting bem tentou impor o seu estilo de pressão alta e reação rápida à perda de bola, mas a verdade é que o Gil Vicente foi mais do que competente a quebrar a estratégia “leonina”. Respondeu da mesma moeda e até teve algum ascendente em termos de posse de bola durante o primeiro tempo, mas com pouca chegada à baliza de Adán.

Já o Sporting, foi tendo as suas oportunidades, mas o golo foi-lhe sempre escapando. Quase a fechar a primeira parte Matheus Reis teve o golo nos pés após uma boa jogada de Edwards, mas Andrew voltou a mostrar segurança na baliza dos minhotos.

Amorim mudou logo ao início da segunda parte, com a entrada de Nuno Santos para a ala esquerda e os “leões” ganharam outra chegada à área gilista. Mas foi o Gil Vicente a criar a sua melhor oportunidade de todo o jogo, numa bola bombeada por Murilo para a área que quase chegou a Marlon, mas que seria interceptada por Adán.

Aos 54’, os “leões” festejaram abundantemente quando Marcus Edwards meteu a bola na baliza, após uma jogada que envolveu Chermiti e Pedro Gonçalves. Todos caíram sobre o britânico em festa, mas o árbitro Nuno Almeida assinalou fora-de-jogo – Chermiti estava adiantado quando recebeu a bola de Adán. Pouco depois, aos 61’, a bola voltou a entrar na baliza do Gil Vicente, mas ninguém festejou o tiro certeiro de Pedro Gonçalves, nem o próprio.

A equipa de Daniel Sousa foi defendendo com competência, rebatendo tudo o que o Sporting lhe atirava, até Seba Coates como ponta-de-lança. No ano do título, o central uruguaio marcou dois golos nos últimos minutos, mas, desta vez, nem ele resolveu.

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