Galerias Romanas de Lisboa reabrem este mês – apenas por três dias

As icónicas galerias subterrâneas da época romana da Baixa de Lisboa vão reabrir ao público este mês para celebrar o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios. Bilhetes à venda a partir de dia 10.

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As icónicas Galerias Romanas de Lisboa vão reabrir ao público este mês. Para celebrar o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, que se comemora a 18 de Abril, as icónicas alas subterrâneas da época romana da Baixa de Lisboa vão abrir a visitas nos dias 21, 22 e 23 de Abril, anunciou esta segunda-feira o Museu de Lisboa.

Talvez mais importante, fixe a data em que os bilhetes são colocados à venda: 10 de Abril, na MEO Blueticket, com um custo de 3€ por pessoa (maiores de seis anos; compra limitada a quatro bilhetes por pessoa). As visitas realizam-se em grupo e têm a duração de 20/25 minutos.

Em Setembro, depois de três anos encerradas ao público, as visitas às Galerias Romanas esgotaram em 24 horas, mas a corrida aos bilhetes era já um fenómeno recorrente, desde que a reserva antecipada veio atenuar as filas de horas e horas de espera pelas ruas adjacentes à entrada, feita por um alçapão na Rua da Conceição, com bilhetes pagos desde 2019.

É que se este é anunciado como o “monumento mais enigmático da Baixa lisboeta”, é também “uma das experiências culturais mais exclusivas de Lisboa”. Findas as restrições pandémicas, as visitas voltam a estar disponíveis apenas duas vezes por ano, “por ser necessário manter os níveis de humidade e de água no interior do edifício, essenciais à sua preservação: em Abril, para celebrar o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, e em Setembro, para assinalar as Jornadas Europeias do Património.

Descobertas em 1771, na sequência do terramoto de 1755, as Galerias Romanas correspondem a um criptopórtico, uma “solução arquitectónica que criava, em zona de declive e pouca estabilidade geológica, uma plataforma horizontal de suporte à construção de edifícios de grande dimensão, normalmente públicos”, indica o Museu de Lisboa.

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Galerias Romanas da Baixa PATRICIA MARTINS/Público

“No início do século XX, estas galerias ficaram conhecidas como Conservas de Água da Rua da Prata, por serem utilizadas pela população como cisterna.” Ainda hoje, estão habitualmente submersas, com “um nível de água superior a um metro de altura, proveniente de lençóis freáticos que correm no subsolo de Lisboa”, sendo necessária “uma operação de bombeamento da água” para torná-las visitáveis.

Além da visita às Galerias Romanas da Rua da Prata, o museu propõe ainda dois percursos que “incluem e complementam” o passeio no monumento, para “explorar alguns dos principais locais onde a herança da presença romana na cidade ainda hoje é visível”: Das Galerias à Casa dos Bicos, no dia 22, e Das Galerias ao Teatro Romano, no dia 23 (ambas das 15h às 16h30, com um custo de 7€ que inclui a visita às Galerias).

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