“Em Itália, Massimo Troisi era o mais próximo de François Truffaut”
Mario Martone dedicou um documentário ao actor de O Carteiro de Pablo Neruda, um dos mais importantes comediantes italianos dos anos 1980. Era um autor, diz — só que ninguém reparou.
O que levou um reconhecido autor do cinema e do teatro italianos a contar a história de um dos comediantes mais populares da Itália dos anos 1980? Quem conhecer a obra de Mario Martone (Nápoles, 1959) não ficará forçosamente surpreendido: ao longo da sua carreira, o encenador e realizador tem mostrado especial interesse pela história do seu país e também pelo modo como ela se articula com a sua cidade e com os napolitanos. O seu penúltimo filme estreado entre nós, O Rei do Riso (2021), já falava de um lendário comediante napolitano do século XIX, Eduardo Scarpetta (1853-1925) — faz por isso sentido que Martone se debruce agora sobre a enorme popularidade de Massimo Troisi (1953-1994), que vê como um herdeiro da linhagem de Scarpetta e de sucessores como Totò (1898-1967).
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