Pedro Solbes (1942-2023), uma vida com a Europa na mira

Para quebrar o isolamento provocado pela ditadura franquista, a via era o europeísmo. O cosmopolitismo, o instrumento. Pedro Solbes praticou ambos.

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Pedro Solbes em Bruxelas, como Comissário Europeu, em Outubro de 2000 François Lenoir/Reuters

Foi o primeiro responsável político com o qual privei em 20 anos como correspondente do PÚBLICO em Espanha. Pedro Solbes, nascido em Alicante, não tinha a oratória andaluza de Felipe González, de quem foi ministro da Agricultura e da Economia. Nem a improvisação de José Luis Rodríguez Zapatero, cujo Governo integrou como vice-presidente e titular da Economia. Rigoroso na análise, o que não era apanágio da família socialista com Zapatero, desconcertava Berlim e Paris quando foi um dos dois comissários europeus de Espanha nos tempos do pacto de estabilidade. A outra era Loyola de Palácio. A Europa esteve sempre na mira deste espanhol e Bruxelas foi, durante anos, o seu habitat.

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