Metal no meio das vacas, um griot punk, meditação e festa kuduro no fim do Tremor
Avalanche Kaito, Cobrafuma, Grove, Divide and Dissolve e Pongo foram os pontos altos dos dois últimos dias do festival. Apesar de menos memorável do que no ano passado, o Tremor continua especial.
Poucos minutos depois da guitarra e da bateria começarem a levantar poeira entre o noise, o punk e o pós-punk, surge Kaito Winse, um griot (nome dado, na África Ocidental, àqueles que preservam e transmitem histórias, conhecimentos, canções e mitos do seu povo) de Burkina Faso, que vai furando a plateia até chegar ao palco do Solar da Graça, revelando-se rapidamente num dos vocalistas mais galvanizantes que vimos nos últimos tempos. Ele canta, ele dança, ele salta entre instrumentos, ele dá ginga afro ao punk, numa auto-estrada para as nossas ancas – e às tantas parece que os Fugazi poderiam ter uns irmãos africanos.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.