Com três tiros, Sporting afundou o Santa Clara

Sem qualquer dificuldade, os “leões” derrotaram o “lanterna vermelha” da I Liga e somaram a quinta vitória consecutiva no campeonato.

Foto
Paulinho voltou a marcar pelo Sporting Reuters/PEDRO NUNES

O favoritismo recaía por inteiro sobre o Sporting e, perante um Santa Clara à deriva, a história do duelo entre lisboetas e açorianos ficou resolvida em duas dezenas de minutos. A atravessar a melhor fase da época - quinta vitória consecutiva no campeonato com afastamento do Arsenal da Liga Europa pelo meio -, a equipa de Rúben Amorim impôs à formação de Ponta Delgada mais uma derrota (3-0, com golos de Paulinho, Trincão e Edwards) e fica à espera de deslizes da concorrência (FC Porto e Sp. Braga) para se aproximar dos lugares de acesso à Liga dos Campeões.

Dezasseis dias depois de empatar com o Arsenal em Londres, o Sporting regressou à competição com novidades. Sem Bellerín e Esgaio, a escolha de Arthur Gomes para fazer toda a ala direita não surpreendeu, mas Amorim, que na próxima quarta-feira terá uma deslocação difícil a Barcelos em partida em atraso da jornada 25, optou por deixar St. Juste e Morita no banco, enquanto Coates ficou na bancada.

Numa espiral negativa que não parece ter fim à vista – dois pontos nas últimas 13 jornadas -, o Santa Clara apostou numa revolução para curar os seus problemas. No entanto, o remédio Danildo Accioly não teve qualquer efeito. Com seis alterações no “onze” - entraram Sagna, Paulo Henrique, Bobsin, Tagawa, Bruno Almeida e Gabriel Silva -, o Santa Clara mostrou os mesmos problemas dos últimos jogos: ingenuidade q.b. e debilidades defensivas óbvias.

Com Trincão, Edwards e Paulinho sempre bem apoiados por Pedro Gonçalves, o Sporting pegou no jogo desde o apito inicial e, perante um rival que apenas se preocupava em fechar os caminhos para a sua baliza, marcou na primeira grande oportunidade: aos 14’, Trincão conquistou um livre, Pedro Gonçalves cobrou a falta de forma precisa e Paulinho, de cabeça, marcou pela terceira jornada consecutiva.

Um erro de Inácio três minutos depois - Arthur impediu que Allano tivesse a oportunidade de ameaçar Adán - ainda deixou no ar a sensação que os micaelenses podiam reentrar na discussão do resultado. Porém, com erros na construção sucessivos, a equipa de Accioly afundou-se um pouco mais. Aos 21’, um passe displicente de Bruno Almeida resultou num presente que Edwards (quinta assistência na prova) e Trincão (quinto golo no campeonato) agradeceram.

Com 2-0 a meio da primeira parte, o Sporting começou a pensar mais no jogo de Barcelos, mas, até ao intervalo, Inácio (acertou na barra) e Paulinho não tiveram pontaria para acabar com as (poucas) dúvidas que ainda restavam.

Ao intervalo, Amorim geriu o esforço dos seus defesas (St. Juste no lugar de Inácio), enquanto Accioly tentou corrigir a permeabilidade a meio-campo (Bruno Jordão substituiu Bobsin). Todavia, os açorianos continuaram a meter água por todos os lados. Sem ter que colocar muita velocidade, ao Sporting bastava pressionar o portador da bola para forçar o erro: aos 51’, foi Sagna a oferecer a bola a Paulinho e o avançado assistiu Edwards para o 3-0.

Em cima da hora de jogo, Bruno Almeida testou pela primeira vez Adán, mas a partida já estava resolvida e dava para tudo. Nos últimos 20 minutos, Matheus Reis, Pedro Gonçalves, Ugarte e Edwards tiveram direito a descanso - Luís Neto, que não jogava desde 10 de Setembro, regressou à competição -, e, com as duas equipas à espera do apito final, o jogo perdeu qualquer interesse, mas as oportunidades continuaram a ser quase um exclusivo “leonino”: no minuto 90, o Santa Clara criou a única ocasião da partida.

De forma muito tranquila, o Sporting terminou o quarto jogo consecutivo sem sofrer golos na I Liga, confirmando o bom momento, enquanto para o Santa Clara o poço parece não ter fundo.

Sugerir correcção
Comentar