Esta quinta-feira, deflagraram mais de 100 incêndios florestais na região das Astúrias, no Norte de Espanha. A maioria dos fogos foi causada propositadamente por incendiários e outros, segundo as autoridades, à medida que as temperaturas sobem para níveis recorde.
As chamas surgiram por cima de outro incêndio que ardia há já oito dias e que começou na região de Valência; entretanto, na Galiza, arderam 1100 hectares de terra, no Noroeste.
As filmagens das televisões locais mostravam as chamas a chegar perto das estradas onde passavam os carros nas Astúrias, uma região verde com um clima oceânico chuvoso.
As autoridades proibiram o acesso a trilhos florestais, bem como a realização de fogos controlados e a utilização de maquinaria e ferramentas motorizadas nas florestas, já que poderiam provocar mais incêndios.
“As Astúrias não incendiaram. Eles incendiaram-na. E os responsáveis são aqueles que atearam fogo às nossas florestas. São criminosos, delinquentes, e vão ser julgados e tratados como tal”, escreveu o líder regional Adrian Barbon no Twitter.
O governo espanhol mostra-se preocupado com a possibilidade de ocorrerem mais incêndios este ano, depois de um Inverno invulgarmente seco em várias partes do Sul da Europa, num contexto em que as temperaturas aumentam devido às alterações climáticas.
Esta quarta-feira, foi o dia 29 de Março mais quente que Espanha já registou, segundo a agência meteorológica AEMET, que diz que as temperaturas excediam em 7 a 14 graus Celsius os níveis normais nesta altura do ano.
As Ilhas Canárias registaram temperaturas mais comuns para o Verão, com 37,8ºC em Tasarte, Gran Canaria. Outras regiões do País Basco e algumas partes do Centro de Espanha também registaram temperaturas recorde para esta época do ano.
A maioria das Astúrias, a vizinha Cantábria e grandes áreas da costa mediterrânica espanhola estavam em alerta máximo para o risco de incêndios florestais nesta quinta-feira.