IL diz que Plano de Reestruturação da TAP não chegou completo ao Parlamento
Segundo os liberais, “na versão digital do Plano de Reestruturação da TAP há várias páginas rasuradas” e “na versão em papel não constam sequer essas páginas”, que são cerca de 50.
A IL afirmou esta quarta-feira que houve incumprimento do Governo no envio dos documentos sobre o processo de reestruturação da TAP à comissão de inquérito, pedindo que sejam reenviados no formato "físico e digital completos e sem rasura".
Num requerimento enviado ao presidente da comissão de inquérito à TAP, a que a Lusa teve acesso, os deputados da Iniciativa Liberal (IL) referem que, consultada a documentação enviada pelos ministérios das Infra-estruturas e das Finanças no que diz respeito "ao processo de reestruturação da empresa acordado entre o Governo português e a Comissão Europeia, sujeitos a segredo", verificaram que "houve incumprimento no envio do que foi solicitado".
Segundo os liberais, "na versão digital do Plano de Reestruturação da TAP há várias páginas rasuradas" e "na versão em papel não constam sequer essas páginas", que são cerca de 50.
Uma vez que "esta documentação é absolutamente essencial" para a comissão parlamentar de inquérito (CPI), a IL solicitou ao presidente, o socialista Jorge Seguro Sanches, "que interceda junto dos referidos ministérios para que sejam enviados à CPI os documentos, [em formato] físico e digital completos e sem rasura, naturalmente sujeitos ao mesmo grau de sigilo".
A comissão de inquérito à TAP começa hoje a fase das audições, sendo a Inspecção-Geral de Finanças (IGF) a primeira entidade a ser ouvida, após concluir ter havido falhas no processo de saída da ex-administradora Alexandra Reis, levando o Governo a exonerar os presidentes da companhia.
A comissão, proposta pelo BE, incidirá em particular entre 2020 e 2022, averiguando a entrada e saída na companhia aérea de Alexandra Reis - que chegou depois a tomar posse como secretária de Estado do Tesouro - e as responsabilidades da tutela nas decisões tomadas.