Foi resgatado o gato preso numa haste da Ponte Vasco da Gama

O IRA alertou os bombeiros voluntários de Camarate, que chegaram ao local com a ambulância animal. O gato está em segurança e já foi visto pelo médico veterinário.

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Foi resgatado o gato preso numa haste da Ponte Vasco da Gama Associação IRA -Intervenção e Resgate Animal

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Camarate e a associação IRA — Intervenção e Resgate Animal resgataram, com a ajuda de uma equipa da Lusoponte, um gato preso numa haste de iluminação do tabuleiro mais alto da Ponte Vasco da Gama, em Lisboa, esta segunda-feira. O IRA alertou os Bombeiros Voluntários de Camarate, que activaram a ambulância animal.

Em declarações ao P3, Luís Martins, comandante dos bombeiros de Camarate, adianta que o animal está em segurança e já foi levado ao médico veterinário. O gato ficou ao cuidado do IRA, mas não se sabe como é que chegou até à haste da ponte, explica Tomás Pires, presidente da associação.

​“O nosso departamento jurídico vai requerer à Lusoponte que verifique as imagens de CCTV, para perceber se o animal foi lá deixado propositadamente ou se caiu de algum motor de um carro em andamento”, adianta. O gato foi levado para o Hospital Veterinário de Massamá e está em observação. Ainda não se sabe se tem microchip (circuito integrado subcutâneo) “Contudo, sendo tão dócil como aparenta ser, está familiarizado com o contacto humano.”

Numa publicação nas redes sociais, a associação escreve que o animal está gravemente ferido, tem dificuldade em respirar e dentição danificada, indicando que poderá ter sido vítima de atropelamento. “Aguardamos agora os resultados do ‘raio-x’ para possíveis fracturas ou hemorragias internas, para se avançar para cirurgia imediata”, lê-se.

Luís Martins acrescenta que o resgate foi simples, tendo sido utilizado o “braço oscilante do veículo para conseguir capturar o gato”. “A equipa da concessionária posicionou-se ao lado da haste, com a equipa do IRA a postos com um camaroeiro para tentar evitar quer a sua queda, quer a sua fuga para as faixas de rodagem. O funcionário da Lusoponte acabou por agarrar o gato com o nosso material e sem dificuldades, apresentando-se gravemente ferido”, escreve o IRA.

“Ele continua connosco e, se tiver microchip, também continuará, até percebermos como é que um animal identificado electronicamente foi parar àquela situação”, afirma Tomás Pires.

Ambulância animal em parceria com o IRA

A ambulância animal está em funcionamento desde Janeiro deste ano e encontra-se disponível durante todo o ano. Apesar de ser uma parceria entre os bombeiros e o IRA, o veículo é apenas tripulado por elementos da corparação de bombeiros especializados “para socorrer animais de emergência de forma rápida e eficiente”, lê-se no site da corporação.

“O IRA propôs-nos desde o princípio uma parceria, tendo em conta que somos uma entidade que damos socorro 24 horas por dia. Temos um protocolo que vamos assinar no dia 25 de Abril e, sempre que o IRA solicitar, os bombeiros estão prontos para actuar em conjunto com eles naquilo que é o resgate animal”, explica o comandante Luís Martins, acrescentando que vai também existir uma parceria entre estas duas entidades e a autarquia de Loures nas situações em que o veterinário municipal não conseguir dar resposta imediata ao resgate.

A ambulância tem sido utilizada com frequência, mas o maior número de resgates aconteceu durante as cheias de Lisboa, quando foram resgatados 30 animais numa só noite na Póvoa de Santo Adrião e outros dois em Sacavém. “Já fizemos resgates com o IRA noutras zonas como Olival Basto e salvámos entre 40 e 50 animais [até agora]”, completa Luís Martins.

Nesta primeira fase, salienta o comandante, o objectivo da parceria são os resgates, mas num futuro próximo os bombeiros esperam ainda dar apoio no transporte do animal nas idas ao veterinário quando o dono não tem meios para o fazer.

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