Zelensky foi a Zaporijjia discutir segurança da central nuclear
Presidente ucraniano encontrou-se com o director-geral da Agência Internacional de Energia Atómica, que se mostra preocupado com o fornecimento de energia eléctrica à maior central nuclear da Europa.
“Desejo-vos uma grande vitória, o que certamente vai acontecer.” Foi com estas palavras que o Presidente da Ucrânia se despediu, na segunda-feira, dos soldados que visitou na região de Zaporijjia, no Sul, durante a sua mais recente deslocação às zonas do país mais próximas da linha da frente.
Como habitualmente, a viagem de Volodymyr Zelensky só foi anunciada quando o chefe de Estado já estava no local. Além de ter distribuído comendas e medalhas pelos soldados, Zelensky discutiu com os comandantes militares no terreno sobre “a situação operacional, a prontidão das unidades militares para cumprir as tarefas definidas, a situação socioeconómica da região e a atenção às necessidades dos deslocados internos”, segundo a nota divulgada no seu canal de Telegram.
“É uma honra estar aqui hoje, junto dos nossos militares”, escreveu ainda, divulgando algumas imagens da deslocação. Esta sucede-se a visitas a Kherson, a Kharkiv e, mais recentemente, a Bakhmut, onde há meses se desenrola a batalha mais sangrenta desta fase da guerra.
Mais tarde, ainda em Zaporijjia, o Presidente ucraniano recebeu o director-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), que iniciou a segunda deslocação ao país em sete meses para se inteirar da situação na central nuclear com o mesmo nome (mas a uns 100 quilómetros da cidade). “Tive uma conversa enriquecedora sobre a protecção da central nuclear de Zaporijjia e o seu pessoal”, escreveu Rafael Grossi no Twitter.
Grossi e Zelensky visitaram também uma central hidroeléctrica que abastece a central e que tem sofrido cortes de electricidade regulares. No seu boletim mais recente sobre Zaporijjia, da semana passada, a AIEA relatava que, desde o início de Março, a central nuclear só tem uma fonte externa de energia eléctrica, uma vez que outra está a ser reparada, e que mesmo a que está activa também precisa de reparações. Se ambas estiverem desligadas, “isso levará a uma perda total de energia, deixando a central dependente de geradores a gasóleo – a sua última linha de defesa – pela sétima vez”, alertou Grossi.