Os assistentes de sala são essenciais, mas dizem-se “desvalorizados” e “precarizados”
No último mês, o PÚBLICO recebeu vários testemunhos de trabalhadores que traçam um quadro genérico de relações laborais precárias em diversas instituições culturais do país, algumas delas públicas.
Em Fevereiro, um grupo de assistentes de sala do Museu de Arte, Tecnologia e Arquitectura (MAAT) convocou um protesto para denunciar situações de “falsos recibos verdes” e “assédio laboral” naquela instituição sob alçada da Fundação EDP. No início do ano, haviam visto os seus horários – e, consequentemente, os seus rendimentos – cortados para metade, medida que interpretaram como “represália” face a uma “reivindicação crescente”, que passava por terem cadeiras para se sentar durante os turnos de nove horas e “uma pausa digna” de almoço, além dos 15 minutos concedidos. Segundo os trabalhadores, que compõem uma equipa de 24 pessoas, a chefia transmitia-lhes que este quarto de hora servia “para comer uma maçã e fumar um cigarro”.
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