Mr. Troll and Mrs. Woke: a história cultural da irritação

Continua a haver agentes irritantes e pessoas irritadas. A diferença é que agora raramente estão sozinhas num quarto; o resto do mundo está lá também.

A irritação pode ser culturalmente produtiva. Uma das curiosidades na evolução histórica do romance foi a quantidade de vezes em que uma inovação técnica crucial aconteceu porque alguém sozinho num quarto se irritou a ler alguma coisa. Fielding tão apoplético com o moralismo epistolar de Richardson que inaugurou o intrusivo narrador omnisciente; Joyce a reinventar a forma por causa dos nervos que a Renascença Céltica lhe causava; Virginia Woolf a artilhar um dos manifestos do Modernismo (Mr. Bennett and Mrs. Brown) em resposta a um comentário negativo de Arnold Bennett.

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