A “potência” e a “fragilidade” do arquivo de Luandino Vieira são agora um manancial digital

Dando sequência ao livro Papéis de Prisão, tudo o que Luandino Vieira escreveu no cárcere fica agora disponível “para toda a gente”. Um “esmagador” acervo de duas mil páginas.

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José Luandino Vieira, pseudónimo literário de José Vieira Mateus da Graça, esteve detido pela PIDE na prisão do Tarrafal ENRIC VIVES-RUBIO

“Toda a gente. Isto teria de estar disponível para toda a gente”. Só assim faria sentido para José Luandino Vieira, diz ao PÚBLICO Margarida Calafate Ribeiro sobre a decisão de tornar público e acessível a todos o arquivo digital que contém a produção completa do escritor durante os anos em que permaneceu na prisão. Primeiro em Luanda, depois no Tarrafal, na ilha de Santiago, em Cabo Verde. São duas mil páginas que incluem escritos políticos, o seu projecto literário, desenhos, um diário pessoal e que na próxima quarta-feira chegam ao formato digital.

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