Julgar Sócrates e depressa
Se José Sócrates não for julgado nem condenado, seja por que motivo for, a nossa democracia sofre um abalo real.
Uma intervenção de um juiz e uma pergunta da IL no Parlamento suscitaram a questão do sucessivo adiamento do processo Marquês, cuja principal personagem é José Sócrates, e das razões permanentemente renovadas para introduzir atrasos na ida a julgamento, após mais de oito anos decorridos da prisão do antigo primeiro-ministro. Há duas razões invocadas nas intervenções mais recentes: uma remete para o excesso de garantismo, em que um acusado com recursos e os seus advogados podem, de forma sistemática, bloquear o chamado “curso da justiça”; e outra é o atraso de responsabilidade governamental na regulamentação da lei de distribuição processual.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.