Países Baixos não resistem à pressa da selecção francesa

Vice-campeã mundial venceu no Stade de France por 4-0, no dia em que a Polónia, de Fernando Santos, perdeu em Praga, no acesso ao Euro 2024.

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Mbappé apontou dois golos no triunfo sobre os Países Baixos EPA/MOHAMMED BADRA

Uma entrada em cena a todo o vapor valeu à selecção de França uma vitória contundente sobre os Países Baixos (4-0), no arranque da qualificação para o Campeonato da Europa de futebol de 2024. No Stade de France, os visitantes demoraram a acordar do pesadelo e repetiram o resultado do jogo de Agosto de 2017, de apuramento para o Mundial.
Aos 2’, os adeptos franceses que enchiam as bancadas já empunhavam bandeiras e saltavam das cadeiras, graças a uma recuperação de Griezmann à entrada da área neerlandesa, seguida de uma assistência de Mbappé para finalização do avançado do Atlético Madrid. Tudo simples, perante a total apatia da defensiva adversária.

A selecção orientada por Ronald Koeman acusou o golpe em demasia e facilitou a tarefa a uma França que se mostrou voraz. Em 4x2x3x1, com a dupla Rabiot e Tchouaméni nas costas de Griezmann, Coman e Mbappé, a equipa da casa reagia com prontidão à perda da bola e foi com naturalidade que chegou ao 2-0, num lance em que o guarda-redes Cilessen não ficou bem na fotografia — aproveitou Upamecano.

O desacerto colectivo era evidente e o espaço entre linhas concedido pelos Países Baixos demasiado generoso para a qualidade dos adversários. Aos 21’, Tchouaméni fez um passe vertical, Kolo Muani deixou a bola passar e Mbappé, sozinho na área, finalizou como quis.

A primeira parte terminaria com os visitantes a acumularem mais posse de bola (54%) mas menos remates (cinco contra sete), ainda que num deles tenham estado perto de reduzir, não tivesse Depay desviado para fora um passe de Xavi Simons.

No segundo tempo, os Países Baixos continuaram sem mostrar capacidade para inverter o resultado — e até falharam um penálti, por Depay, aos 90+4’ — e foi novamente a França a estar mais perto do golo, quando um passe açucarado de Coman (após uma arrancada fulgurante) foi desperdiçado por Kolo Muani, ao segundo poste. O 4-0 chegaria mesmo aos 88’, num grande lance individual de Mbappé, que assim chegou aos 38 golos em 67 jogos pela selecção.

Se a França, agora líder do Grupo B, entrou de forma demolidora no jogo, o mesmo pode dizer-se da República Checa, que não tardou a impor a lei diante da Polónia, no Grupo E (3-1). Em Praga, o médio defensivo Ladislav Krejci inaugurou o marcador logo no minuto inaugural e os polacos continuaram desorientados nos instantes seguintes, sofrendo o 2-0 aos 3’, por Cvancara.

Na partida de estreia de Fernando Santos à frente da Polónia, a resposta tardou. Embora os indicadores estatísticos reflictam algum equilíbrio, na verdade os checos mostraram mais lucidez na hora de alvejar a baliza. E aos 64’ beneficiaram de uma desatenção flagrante de marcação dos centrais polacos para ampliarem para 3-0, por Kuchta.

Quando Szymanski reduziu, aos 87’, já era demasiado tarde para pôr em causa da vitória da selecção da casa, que assim lidera a classificação de forma isolada, graças ao empate entre Moldova e Ilhas Feroé (1-1).

No Grupo F, o destaque vai inteiramente para Lukaku, que se reencontrou com os golos e logo em dose tripla (35’, 49’ e 83’). Foi ele o principal rosto do triunfo da Bélgica na Suécia, por 0-3, enquanto a Áustria bateu o Azerbaijão por 4-1.

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