A vida de um peixe hidrófobo
Revelação, em bom português, de um escritor. Não é coisa pouca.
Para um (infeliz) leitor profissional, não há prazer maior do que o da descoberta de um novo escritor. Por novo podemos significar, obviamente, tanto um autor estreante — independentemente da idade que possa ter —, quanto um autor nunca lido antes — independentemente da extensão e/ou consagração da respectiva obra (pois até mesmo um leitor profissional sabe que há mais mundos e que nem só de livros vive o homem). Para nós, Dany Laferrière estava no segundo caso. Já não está. A leitura de Como Fazer Amor com um Negro sem se Cansar, romance de estreia do autor em 1985, e de O Grito dos Pássaros Loucos, publicado quinze anos depois, revelou-nos, de uma assentada, um escritor (até agora inédito em português de Portugal). Não é coisa pouca.
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