Portugueses Masslab ganham concurso para um megaedifício “ligado à natureza” em Helsínquia

A proposta do escritório de arquitectura com sede no Porto ganhou o concurso para transformar um armazém industrial em zonas comerciais, um hotel e escritórios que se unem com a natureza.

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Edifício inclui zona de escritórios, comercial e hotel MASSLAB
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Segundo o arquitecto é "provavelmente o maior projecto urbanístico" MASSLAB
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Betão, madeira, tijolo reciclado, vidro e alumínio são os materiais MASSLAB
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MASSLAB desenhou um edifício eficiente e sustentável MASSLAB

O escritório de arquitectura do Porto MASSLAB ganhou um concurso internacional para transformar um armazém industrial num edifício de escritórios, comércio e um hotel, em Helsínquia, na Finlândia.

O edifício de 45 mil metros quadrados foi pensado de forma a ser eficiente e sustentável, tendo um conjunto de espaços públicos "bastante alargado", declarou Diogo Sousa Rocha, um dos fundadores do MASSLAB, que tem escritório em Copenhaga e uma equipa de arquitectos de várias nacionalidades.

Inserido numa importante zona histórica, cultural e industrial, o arquitecto salientou que este é "provavelmente o maior projecto urbanístico" a acontecer neste momento em Helsínquia, fazendo parte de um conjunto histórico que é a antiga fábrica de caminhos de ferros.

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A reutilização foi a chave para criar um edifício sustentável MASSLAB

Dividido em três camadas, o piso térreo, onde se encontra a parte comercial, é sobrelevado e organizado em torno de um tecto abobadado para criar mais espaço público e permitir a circulação de pessoas, explicou. No segundo patamar, que é a zona de escritórios, criou-se uma pequena floresta aberta a toda a comunidade de forma a criar uma ligação, já habitual na Finlândia, entre meio urbano e natureza, adiantou Diogo Sousa Rocha.

"Com o densificar das cidades é muito normal assistirmos a uma perda desta relação entre pessoas e natureza e nós, com esta proposta, quisemos restabelecer essa ligação", esclareceu. No topo do edifício, como pedido no programa do concurso, fica o hotel.

Em relação aos materiais utilizados, o arquitecto destacou o betão, dado ser um edifício em altura, madeira tradicional finlandesa, tijolo reciclado, vidro e alumínio.

Além disto, conseguiu convencer o promotor a não demolir o edifício actual, que é pré-fabricado, mas a desmontá-lo e montá-lo numa outra zona industrial. "A reutilização é a chave para que possamos ter um ambiente mais sustentável", frisou.

O MASSLAB, que já desenvolveu vários projectos na Finlândia, foi pré-seleccionado para participar no concurso internacional com duas fases de selecção.

Diogo Sousa Rocha especificou ainda que o concurso, organizado pelo The Train Factory Group e pela Câmara Municipal de Helsínquia, contou com a participação de cinco consórcios de arquitectura.