Uma poeta cosendo crónicas com a linha do Equador

Uma conversa em torno de um livro de crónicas que luta para preservar os nomes legados das flores e para escrever novos, mas à maneira de São Tomé. O “imperativo existencial” segundo Conceição Lima.

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Conceição Lima MATILDE FIESCHI

Desde um posto de observação privilegiado situado entre a linha que separa dois hemisférios pode ver-se o mundo todo ou lutar-se pela preservação de um pedaço único. Conceição Lima luta armada de palavras “contra a cegueira, contra o apagamento da memória, contra o apagamento da identidade e da afirmação cultural” de um pequeno país de duas ilhas na linha do Equador. Para a poeta, escritora e jornalista são-tomense trata-se de “um imperativo existencial” porque São Tomé e Príncipe corre o risco de desaparecer como comunidade, como povo.

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