Cidades médias são as “últimas âncoras” da coesão territorial. E estamos a cuidar delas?

O país está “inclinado” para Lisboa e é “urgente” contrariar essa tendência. Apostar nas cidades médias é solução, defendem investigadores. Ainda vamos a tempo de evitar a “vingança” da geografia?

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Braga é dada como um bom exemplo de uma cidade de média dimensão Joao Silva/arquivo

As assimetrias sociais reflectem-se, também, no território. E essa “injustiça espacial” – que enriquece as metrópoles e enfraquece os lugares mais despovoados – abre caminho a revoltas. “A geografia vinga-se”, diz Rio Fernandes. O aviso não é metáfora ou teoria. Tem a realidade como prova: “Mostrou-se no voto em Donald Trump nas áreas mais problemáticas dos EUA ou no 'Brexit' nas áreas mais complicadas do Reino Unido”, exemplifica o geógrafo, deixando uma achega à realidade nacional: “Ainda não sabemos o que pode acontecer nas periferias mais pobres e nas áreas em processo de despovoamento em Portugal.”

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