Professores de Santarém e Viana do Castelo também vão fazer marcha lenta no dia 20

Profissionais de outros pontos do país associam-se a protesto inicialmente convocado para Lisboa. A hora “6h23 PM” representa os seis anos, seis meses e 23 dias de tempo de serviço viram congelado.

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Manifestação de professores em 11 de Fevereiro em Lisboa Daniel Rocha

Professores e funcionários de várias escolas vão no final da tarde da próxima segunda-feira manifestar-se numa marcha lenta em algumas pontes do país. O protesto foi inicialmente convocado para Lisboa por um grupo de professores (Missão Escola Pública), que apelaram à mobilização nacional. Os profissionais da educação de Santarém e de Viana do Castelo responderam ao apelo e também se vão manifestar às 18h23.

No caso de Santarém, a marcha e paralisação vão acontecer na Ponte D. Luís I, em Almeirim. A Norte, em Viana do Castelo o protesto está previsto para a Ponte Eiffel. A informação foi partilhada na página de Instagram da organização, e confirmada ao PÚBLICO por Rui Foles, um dos 13 organizadores. A hora para as concentrações é simbólica, “6h23 PM”, e representa os seis anos, seis meses e 23 dias de tempo de serviço trabalhado que os professores viram congelado.

Em Lisboa, segundo as declarações de Rui Foles, professor no Agrupamento de Escolas Monte de Caparica, em Almada, são esperadas “entre 500 a mil pessoas”. A concentração está marcada para a Ponte do Pragal e para os acessos pedonais laterais da 25 de Abril. Do guião de acção consta que, a partir das 18h, se vão deslocar em direcção à Ponte do Pragal os "veículos de apoio vindos das margens Norte e Sul da Grande Lisboa, em caravana de marcha lenta e buzinão", para pararem à hora definida.

A iniciativa está a ser organizada por um grupo independente de 13 professores da Grande Lisboa. "Missão Escola Pública é um movimento de professores completamente apartidário, que luta pelos seus direitos e pela defesa da Escola Pública, sob a égide 'A Escola constrói pontes! Ajudem-nos a desbravar caminhos!', cientes de que só em união com toda a sociedade poderão lutar pelo valor inestimável que é a Educação", informou a organização numa nota enviada à comunicação social na quarta-feira, aquando do anúncio do protesto.

O protesto já foi comunicado à Câmara Municipal de Almada e à PSP, assegura a organização. Sobre o evento, a PSP diz, em resposta escrita enviada ao PÚBLICO, que "o acompanhamento e promoção das condições de segurança necessárias ao exercício do direito de reunião e manifestação constitui, para a Polícia de Segurança Pública, uma prática quotidiana comum, porquanto os cidadãos usualmente o exercem nos principais centros urbanos".

"Fruto dessa experiência, para a janela temporal referida, a PSP desencadeou os procedimentos necessários, desde o contacto com os promotores de cada evento para adequado planeamento (por exemplo da suspensão de circulação rodoviária) à previsão do adequado número de Polícias para garantir a segurança do evento", assegura ainda aquela força de segurança.

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