Governo aprova novos apoios às famílias na próxima semana

O ministro das Finanças disse, recentemente, que o Governo pretende criar apoios concentrados nos públicos mais vulneráveis, em vez de medidas de âmbito universal.

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O primeiro-ministro, António Costa, não adiantou detalhes sobre os apoios que serão implementados LUSA/RODRIGO ANTUNES

O Governo vai aprovar, na próxima semana, um novo conjunto de medidas para apoiar as famílias, no actual contexto de inflação e subida das taxas de juro. O desenho final destes apoios ainda está dependente dos dados definitivos relativos à execução orçamental do ano de 2022, que serão conhecidos também na próxima semana.

O anúncio foi feito esta quinta-feira, pelo primeiro-ministro, António Costa, durante a conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros onde foram aprovadas duas das medidas incluídas no pacote Mais Habitação (o subsídio de renda e o apoio ao crédito à habitação para famílias de rendimentos mais baixos).

"Na próxima semana, o Conselho de Ministros adoptará um conjunto de outro tipo de medidas de apoio, que não têm a ver com a habitação e cujo desenho final está dependente de termos os dados finais, que serão conhecidos na próxima semana, sobre a execução orçamental do ano de 2022", disse o primeiro-ministro, quando questionado sobre se o Governo admite implementar outras medidas de apoio às famílias para combater os efeitos da subida do custo de vida.

Sem adiantar quaisquer detalhes sobre o tipo de apoios que estão a ser estudados, António Costa disse apenas que os números finais da execução orçamental do ano passado permitirão ao Governo "ter noção de qual é a margem para apoiar mais as famílias e a economia, em função das necessidades e em função da evolução da situação".

Na semana passada, recorde-se, o ministro das Finanças, Fernando Medina, revelou que o Governo planeia fazer ajustar os apoios que estão a ser concedidos às famílias no âmbito da inflação.

"Temos de fazer uma adequação das medidas que definimos face à nova realidade com que estamos defrontados. A realidade hoje não é de preços da energia como aqueles que tínhamos há seis ou sete meses. Os preços estão mais baixos. Hoje, os apoios podem ser mais bem calibrados, concentrando-se nos públicos mais vulneráveis, naqueles que mais necessitam, e menos em medidas de âmbito transversal, nas quais o Governo decidiu investir no início desta crise para apoiar de forma mais forte toda a economia", disse na altura, à entrada da reunião do Eurogrupo que decorreu na semana passada.

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