O Casanova de Carla Bolito chega a uma Lisboa em obras
A partir do romance de Mega Ferreira, a encenadora criou um espectáculo entre o concerto e a peça de teatro que aproxima a Lisboa pós-terramoto de 1755 e aquela que existe hoje. No CCB.
Carla Bolito gosta de “missões teatrais impossíveis”. Gosta de se atirar a materiais que não foram pensados para o palco, que foram imaginados como expressão literária, e neles escavar uma dimensão cénica. Foi uma revelação dessas, ao ler um texto e pensar para si “isto dava um espectáculo”, que a assaltou há uns anos, quando estava de olhos caídos sobre as páginas de Cartas de Casanova, Lisboa 1757, romance epistolar em que António Mega Ferreira coloca a galante e provocadora personagem italiana de visita a uma Lisboa ainda atordoada pelo terramoto de 1755.
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