As “bruxas” que estão por trás das nossas fugas para a frente
Nuno Cardoso leva ao palco do Teatro São João As Bruxas de Salém, de Arthur Miller, para reflectir sobre o “radicalismo” e a “falta de diálogo” nas sociedades contemporâneas.
É funda, pantanosa e arrepiante a lista de episódios da política americana que davam uma boa peça de teatro. Arthur Miller escolheu dessa lista a caça às bruxas do macarthismo (1950-1957), acto contíguo à Guerra Fria, assombrado pelas ressacas de longa duração da Grande Depressão e da Segunda Guerra Mundial, em que o senador republicano Joseph McCarthy encetou uma feroz perseguição a reais e a supostos militantes e simpatizantes do comunismo, lançando mais achas para a fogueira da fobia anticomunista que nunca deixou de se propagar em território americano.
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