Montenegro participa na reunião da bancada pela primeira vez desde moção de censura ao Governo

A última vez que Luís Montenegro participou numa reunião do grupo parlamentar do PSD foi em 3 de Janeiro, quando anunciou que o partido se absteria na moção de censura da IL ao Governo.

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Luís Montenegro volta ao Parlamento na quinta-feira para participar na reunião do grupo parlamentar LUSA/ANDRÉ KOSTERS

O presidente do PSD, Luís Montenegro, vai participar na quinta-feira na reunião da bancada parlamentar social-democrata, marcada para as 11h, disseram à Lusa fontes do partido. De acordo com fonte oficial do PSD, a presença de Montenegro, que não é deputado, insere-se no âmbito dos contactos regulares com a bancada.

A última vez que Luís Montenegro participou numa reunião do grupo parlamentar do PSD foi em 3 de Janeiro, e anunciou que o partido se iria abster na votação da moção de censura da Iniciativa Liberal ao Governo, depois de a comissão politica nacional do partido ter debatido o mesmo tema.

Perante os deputados, o presidente do PSD justificou este sentido de voto, dizendo que votar a favor seria "pretender derrubar o Governo, abrir uma crise política e consequentemente pedir eleições".

Na altura, o líder do PSD salientou que esta decisão teve "o apoio esmagador" quer da comissão política nacional quer da bancada social-democrata. "Não houve nenhum deputado que se tivesse expressado em sentido contrário, todos os que intervieram secundaram a posição do presidente do partido e outros, não intervindo, mostraram concordância por falta de intervenção em sentido contrário", disse então.

No entanto, algumas semanas mais tarde foi conhecida uma declaração de voto crítica (entregue poucos dias após o debate) dos deputados André Coelho Lima e Carlos Eduardo Reis, destacados apoiantes do ex-presidente Rui Rio.

No texto, os dois deputados – que seguiram a disciplina de voto do partido – consideravam haver motivos para censurar o Governo e aprovar a moção da IL, defendendo que os tempos actuais "não toleram tibiezas" e "exigem a vocalização" da diferenciação do PSD, alertando para os riscos da "ausência de demarcação" com a abstenção.